Propostas alternativas para evitar acidentes na Ponte Preta

por Assessoria Comunicação publicado 04/01/2011 16h25, última modificação 05/08/2021 10h09
A Ponte Preta, localizada no centro de Curitiba, foi construída em 1944 e faz parte do patrimônio histórico do Paraná. De acordo com o vereador Jair Cézar (PSDB), apesar do valor cultural, a ponte está ameaçada pelo tráfego de veículos da Rua João Negrão. “A estrutura foi atingida diversas vezes por veículos de grande porte, mais altos do que o vão. Os motoristas se confundem porque a maioria das pontes urbanas possui altura maior que a da Ponte Preta, onde só passam veículos com até 3,6 metros. A altura dos veículos no Brasil pode chegar a 4,4 metros”, diz o parlamentar, que vem trabalhando no sentido de buscar uma solução para o problema. Entre as principais propostas de Jair Cézar estão a elevação da ponte e o rebaixamento da pista. Mas, segundo ele, por se tratar de um patrimônio tombado, qualquer alteração na estrutura deve ser feita com cautela.
Além dos acidentes, a estrutura também é alvo freqüente de pichadores e vândalos. Moradores de rua costumam dormir sob a ponte, o que também prejudica a estrutura. Com a restauração do antigo prédio da Rede Ferroviária Federal para a instalação de uma nova unidade da Universidade Federal do Paraná, surge uma grande oportunidade de restaurar também a Ponte Preta, avalia o vereador. “Como as duas edificações ficam lado a lado, a revitalização de ambas traria benefícios importantes para a região”, diz.
Jair Cézar reuniu-se recentemente com o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Paraná, José La Pastina Filho, para discutir a viabilidade das obras. O vereador pretende ainda realizar um seminário reunindo diversas instituições e entidades para analisar propostas de solução para os problemas da Ponte Preta.
Problema antigo
Em 2009, Jair Cézar reuniu especialistas e autoridades para discutir o problema. O encontro aconteceu no campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Participaram Vera Mussi, então secretária de Cultura do Estado; Clever Almeida, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc); Raul Ozório Almeida, especialista em pontes metálicas, e representantes e diretores dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo das universidades Positivo e PUC-PR.
Na mesma época, o parlamentar solicitou o levantamento da Ponte Preta ao então governado Roberto Requião através de um ofício. O governo respondeu afirmando que reforçar a sinalização no local seria preferível à realização da obra.
Diversos cidadãos e entidades manifestaram apoio ao projeto de elevação da Ponte Preta para evitar novos acidentes. Entre elas, o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar) e o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens no Paraná (Sindicam-PR).