Propostas academias para diminuir uso de videogames e TV

por Assessoria Comunicação publicado 10/06/2011 16h50, última modificação 10/08/2021 09h19
Projeto de lei que tramita na Câmara Municipal prevê a implantação de Academias Para a Primeira Idade (API) e Academias Para Especiais (APE). A redução do número de horas gastas pelas crianças com televisão, videogame e computador é uma das metas da proposta. A iniciativa é do vereador Juliano Borghetti (PP), que já foi secretário municipal do Esporte e Lazer (2001-2004) e tem priorizado a área na sua atuação como parlamentar.
“Seriam equipamentos ao ar livre, adequados à idade, com orientadores e professores de educação física. Desta forma, crianças podem praticar atividades como alongamento e sair mais de casa, ao invés de ficarem em frente à televisão, muitas vezes comendo alimentos com pouca validade nutricional”, argumentou Borghetti.
Além de incentivar que as crianças frequentem mais os parques e reduzam o tempo em frente aos meios eletrônicos, a iniciativa busca estimular a participação dos estudantes em competições esportivas. Também deve reforçar as aulas de educação física nas escolas.
Para os portadores de necessidades especiais, os equipamentos serão uma oportunidade de inclusão social e benefícios físicos. Isto pode prevenir deficiências secundárias e desenvolver potencialidades, reativar capacidades psicofísicas e melhorar a autoconfiança.
Estas academias podem promover a integração social, facilitando a troca de experiências e o surgimento de novas amizades entre grupos distintos.
De acordo com o texto, terão prioridade praças e parques que possuam grande movimentação e que já estejam contemplados com equipamentos destinados à terceira idade (Academia da Terceira Idade). Também os que possuam acessibilidade e estrutura para atender crianças, adolescentes e portadores de necessidades especiais. Quando estes equipamentos forem instalados, junto a eles deverão existir placas indicativas contendo instruções sobre o modo de uso.
Segundo Borghetti, Curitiba conta hoje com 64 academias destinadas à terceira idade, “que têm proporcionado progressos significativos nos índices de qualidade de vida do cidadão curitibano”, justificou o parlamentar.
O fato de os dois grupos estarem próximos, segundo o vereador, pode promover trocas de experiências, para que os mais novos possam tomar lições de vida enquanto estimulam os mais velhos e portadores de deficiência, com seu vigor físico.
“A minha proposta se baseia na prática de atividades físicas, que proporcionam uma vida mais saudável, facilitam na inclusão social, aumentam a autoconfiança. Também se baseia na confirmação de que todo cidadão tem direito ao lazer. Então, o município deve proporcionar um local para que ele possa usufruir das academias e estas devem ser proporcionais às suas limitações físicas e estruturais”, concluiu Borghetti.