Projeto Viva Saudável termina com feira de orgânicos e exercícios

por Assessoria Comunicação publicado 24/08/2018 13h35, última modificação 28/10/2021 08h33

Com uma sacola carregada de produtos orgânicos, a servidora Jucimara Lobo, da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), estava levando para casa tomate, limão, bananas e berinjela. “Poderia ter feira de orgânicos aqui toda a semana”, disse, sorrindo. “As pessoa precisam comer melhor, com mais qualidade”, completou. Nesta sexta-feira (24), uma parceria do Legislativo com a Prefeitura de Curitiba, executada pela primeira vez, aproximou esses hábitos saudáveis dos funcionários da Casa.

A venda direta de orgânicos aos trabalhadores é a atividade que finaliza o projeto Viva Saudável na Câmara Municipal de Curitiba. Depois que um diagnóstico interno mostrou o alto risco de hipertensão no quadro funcional, o Setor de Medicina e Saúde Ocupacional (SMSO) do Legislativo procurou a Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos (SMRH) para trazer as atividades (palestras, condicionamento físico e incentivos a hábitos de vida mais saudáveis) à instituição.

Quem vendeu os produtos a Jucimara foi Valdice Bazzani, que há dez anos, em sua propriedade em Campo Largo, planta orgânicos. “É mais difícil produzir, porque a gente não usa veneno, então para tirar o mato a gente carpe, não usa "mata-mata", mas eu vendo pelo mesmo preço que muito mercado”, garantiu, desmistificando a contrariedade que muita gente ainda tem, sobre os orgânicos serem mais caros. Na véspera, os servidores assistiram a palestras sobre a importância de se aliar uma alimentação mais natural a exercícios físicos.

“Como queremos estar daqui a dez anos?”, pergunta Marisa Souza, do Departamento de Saúde Ocupacional da SMRH quando questionada sobre o projeto Viva Saudável. A iniciativa começou em agosto do ano passado para atender uma demanda do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), e depois foi levada ao Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), antes de a parceria entre poderes trazê-la à CMC. “Nós queremos falar de saúde, não de doença. Por isso abordar a prevenção é tão importante”, ponderou a gestora.

Para Liege da Fonseca Rocha, que chefia o SMSO do Legislativo, a satisfação de quem participou das atividades mostra o acerto do projeto Viva Saudável. “Superada a etapa do convencimento, os resultados são ótimos. É importante ouvir de um profissional se você está acima do peso, ou com risco cardiovascular, e ver como enfrentar isso, como incentivo à mudança de vida”, avaliou. Ana Cláudia Melo dos Santos, diretora de Administração e Recursos Humanos (Darh), ressaltou ainda o caráter variado das atividades desenvolvidas, que também abordaram sustentabilidade e ações culturais, como a doação de livros. “É um projeto que trabalha a conscientização de várias formas”, atestou.

Perto da barraca de orgânicos estava o engenheiro agrônomo Mário Takashina, da Secretaria Municipal do Abastecimento (Smab), que explicava ao público como adicionar a agricultura urbana ao cotidiano. Com hortaliças plantadas em baldes e garrafas pet, um minhocário e uma composteira, ele argumentava “que basta um espaço em que bata sol” para a experiência ser bem sucedida. “Existem alternativas para plantar, para cultivar alimentos de forma saudável”, garantiu.

No começo da manhã, uma equipe da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (Smelj) mostrou aos servidores como realizar exercícios físicos de baixo custo e de fácil execução, que iam do alongamento ao fortalecimento muscular. “Existem atividades que podem ser realizadas em casa, sem a necessidade de ir até uma academia. Não há motivo para não praticar exercícios físicos”, argumentou André Snege. Enquanto isso, dentro do SMSO, eram realizadas avaliações físicas.

“Eu esperava um resultado um pouco melhor”, comentou o servidor Adroaldo Castanha, depois de medir peso, altura e circunferência da cintura e do quadril. “Tem uma quadra [de esportes] onde moro. Vou começar a dar uma voltas nela”, disse, ao saber que não estava livre do risco de uma doença cardiovascular. Os técnicos da Smelj aconselhavam os funcionários a adotarem pequenos ajustes de hábito, como aproveitar a hora de almoço para fazer uma caminhada curta.