Projeto Viva Saudável começa com palestras sobre mudança de hábitos

por Assessoria Comunicação publicado 23/08/2018 13h55, última modificação 28/10/2021 08h30
Depois de passar pelo Ippuc e pelo Imap, o projeto Viva Saudável chegou ao Legislativo, numa parceria da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) com a Prefeitura de Curitiba. Na manhã desta quinta-feira (23), vereadores, funcionários efetivos, comissionados e trabalhadores das empresas terceirizadas acompanharam palestras sobre hábitos de vida e de alimentação, conheceram exercícios de alongamento e puderam dispor de uma muda de árvore para levar para casa.

“São atividades como essa, como o Viva Saudável, que ajudam a repensar a forma como nós devemos nos comportar. Eu não sou exemplo, há mais de 10 anos não faço um check-up geral. E é esse ritmo de vida que leva ao estresse, afeta a alimentação e faz com que surjam doenças na nossa vida”, ponderou Serginho do Posto (PSDB), presidente da CMC, na abertura da atividade. A Câmara procurou o Executivo após diagnóstico interno alertar para o alto risco de hipertensão entre os servidores (leia mais).

Para a superintendente da Secretaria Municipal da Administração e Recursos Humanos (Smad), Luciana Varassin, as parcerias entre a CMC e o Executivo têm sido importantes para a cidade. Foi ela que destacou a realização do Viva Saudável no Ippuc e no Imap, órgãos da prefeitura. A parceria foi viabilizada pela chefe do Setor de Medicina e Saúde Ocupacional, Liege da Fonseca Rocha, que agradeceu a adesão da Smad, do Abastecimento (Smab) e da Esporte, Lazer e Juventude (Smelj) na atividade.

“Pra mim, que sou enfermeira, a prevenção é fundamental. A saúde é muito mais ampla que uma consulta médica, que um exame clínico. Que a gente plante a semente de uma vida saudável em uma servidora ou um servidor já valeu a pena”, comentou Liege. “Na correria, a gente se entrega à rotina e só lembra da importância disso para a vida depois”, comentou Edson Rivelino, superintendente da Smab. “A questão da segurança alimentar não deve ser trabalhada só por uma secretaria”.

“Ficamos muito gratos por poder fazer parte de uma ação dessas”, disse Emílio Trautwein, da Smelj, “pois a gente tem muito a mania de dizer dos outros, mas eu estou gordo”. “Obesidade muitas vezes é a falta de cuidado com a funcionalidade total do seu corpo”, comentou, alertando para o fato de metade dos curitibanos estar acima do peso ideal. “De fato a palavra-chave é prevenção. Sem ela, vamos chegar com uma péssima qualidade de vida lá na frente. No ICS, estamos preocupados com a saúde de todos os servidores”, afirmou Dora Pizzatto, presidente do ICS.

Hábitos de vida
“A genética carrega a arma, mas é o estilo de vida que aperta o gatilho”. A frase é do pesquisador norte americano George Bray, que pesquisa as causas da obesidade. Quem mobilizou esse argumento para despertar nos servidores o desejo de modificar para melhor os hábitos de vida, optando por escolhas mais saudáveis, foi Majorie Capdeboscq, do ICS, na palestra que abriu o evento.

Falando de como a modernidade impactou o jeito como se vive, ela destacou que essas mudanças levaram as pessoas ao comportamento de risco. “Ao mesmo tempo que vêm as comodidades, surgem outras coisas que interferem no dia a dia. As principais causas de morte hoje, no Brasil, relacionadas à saúde, são as doenças crônicas não transmissíveis [DCNT], que podem ser prevenidas”, comentou. São DCNTs as doenças cardiovasculares, respiratórias e diabetes.

Ela apresentou pesquisas do Vigitel Brasil 2016, que aponta que 14% curitibanos fumam, 18,9 estão obesos, 44,3% consomem frutas e hortaliças abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – que é de ao menos 5 dias por semana, 44,7% é sedentário e 18,7% tomam refrigerantes quase todos os dias da semana. Segundo ela, isso desequilibra a balança da ingestão e gasto de energia, levando, por exemplo, ao sobrepeso.

“Para a OMS, jovens de 5 a 17 anos de idade precisam de um hora de atividade física moderada ou vigorosa por dia. De 18 a 64 anos de idade, são 150 minutos de atividade moderada por semana. Respeitar isso reduz em 50% a possibilidade de infarto”, recomendou  Marjorie Capdeboscq. Confira aqui a apresentação dela no projeto Viva Saudável 2018.

Comida de verdade
A nutricionista Isabela Cristina Pereira, da Smab, alertou para a importância de “comer comida de verdade”, que ela classificou como sendo aquelas “as mais naturais possível”, em oposição aos alimentos processados e ultra processados. “As escolhas alimentares têm impacto na nossa saúde, têm impacto ambiental e social. Por isso temos que aproveitar os alimentos de forma integral, consumindo talos, cascas e sementes”, aconselhou.

Por exemplo, a OMS recomenda que uma pessoa coma feijões (que podem ser de tipos variados) ao menos cinco dias na semana. “Que consuma 400 gramas de frutas e verduras por dia”, detalhou a profissional. “Mas é difícil, porque o alimento de verdade não tem propaganda, mas dos ultra processados têm bastante”, disse Pereira, acrescentando que “os produtos ultra processados impactam bastante o meio ambiente, pois têm muita embalagem, são produzidos em monoculturas que, a longo prazo, degradam o solo”. “Comida de verdade é aquela a mais natural possível, sem corantes, sem conservantes”, insistiu. Confira aqui a apresentação dela no projeto Viva Saudável 2018.

Mais fotos do evento podem ser conferidas pelo Flickr da CMC.