Projeto regulamenta proibição de animais acorrentados em Curitiba

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 16/01/2025 08h13, última modificação 16/01/2025 08h13
Prevista na Lei de Maus-Tratos, de 2022, a proibição de animais acorrentados pode ser regulamentada por projeto de Andressa Bianchessi.
Projeto regulamenta proibição de animais acorrentados em Curitiba

Regulamentação da proibição de animais acorrentados irá ao plenário depois de passar pelas comissões. (Foto: Reprodução/Pexels)

A vereadora Andressa Bianchessi (União) protocolou, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), no dia 3  de janeiro, um projeto de lei que regulamenta a proibição da manutenção de animais domésticos amarrados ou acorrentados de forma que sua movimentação ou descanso fiquem impedidos. O texto avança no detalhamento do que seriam alojamentos adequados, buscando reforçar a proteção animal no município.

A proibição de animais acorrentados em Curitiba é citada na lei municipal 16.038/2022, que já estabelece sanções e penalidades administrativas para maus-tratos a animais. O projeto de Andressa Bianchessi avança ao propor que a contenção física dos animais, em casos excepcionais, deverá utilizar correntes do tipo "vai e vem", com comprimento suficiente para permitir liberdade de movimento, cujo peso das correntes seja no máximo 10% do peso do animal  (005.00004.2025).

Projeto complementa legislação contra maus-tratos em Curitiba

A lei 16.038/2022 define como maus-tratos qualquer ação ou omissão que comprometa a saúde ou as necessidades naturais dos animais, incluindo o uso inadequado de correntes ou confinamento, mas não detalha formas específicas de contenção permitidas, como o tipo "vai e vem" e o peso máximo que elas poderiam ter. Enquanto a norma em vigor é abrangente, o novo projeto concentra-se em regulamentar condições específicas de restrição e alojamento. 

“O presente Projeto de Lei visa estabelecer normas mais rigorosas para a proteção dos animais domésticos no âmbito do nosso município, com foco na proibição de práticas que comprometem o bem-estar e a dignidade dos animais, limitando sua mobilidade e impedindo comportamentos naturais essenciais à sua saúde física e psicológica”, explicou Bianchessi, na justificativa do projeto. Antes de ir a plenário, o projeto precisará ser avaliado pelas comissões temáticas da Câmara de Curitiba.