Projeto recebe sugestões de comunidade farmacêutica
Um projeto em trâmite na Câmara Municipal de Curitiba para dar destino aos medicamentos vencidos está recebendo a contribuição da comunidade farmacêutica. Na tarde desta sexta-feira (23), o autor da proposta, vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB), reuniu representantes da indústria farmacêutica, farmácias, sindicatos, Ministério Público Estadual, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Vigilância Sanitária, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), entre outras entidades para debater o assunto.
“Estamos dando continuidade à nossa discussão em cima do projeto de lei. Muitos já participaram do primeiro fórum, depois houve outras reuniões do grupo formado. Apresentei o projeto de lei básico, que agora deve ser aperfeiçoado. Não quero impor uma lei que talvez não possa ser executada”, justificou Braga Côrtes.
O farmacêutico e professor da Uniandrade, Javier Rodrigues, auxiliou na mediação do debate. “Precisamos tornar Curitiba um referencial para que se resolva a questão da logística reversa dos medicamentos. Não podemos esquecer que são resíduos perigosos, que trazem um impacto ambiental”.
Segundo Marissol Domingues Muro, presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), existem 634 farmácias de dispensação em Curitiba. Para ela, o projeto não pode ser impositivo. “Façamos um trabalho com as farmácias que queiram entrar no processo. Trabalhemos um grupo de farmácias com um slogan de farmácia amiga de Curitiba. Podemos realizar um protocolo para determinar como este processo deve ser, definir um padrão. Vejo que existem pessoas que querem isto e que podem ajudar”, disse. Para a próxima reunião, Marissol propôs trazer farmacêuticos, distribuidores e indústrias favoráveis à prática.
O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Paraná, defendeu que o medicamento pode ser recebido pela farmácia. De acordo com ele, na farmácia deve-se separar as caixas e bulas para reciclagem e direciona-se o remédio para o distribuidor, que encaminhará para cada indústria o resíduo do medicamento que produziu. “Estamos vivendo num momento de consciência na questão do meio ambiente”, complementou o presidente do Sindicato, Edenir Zandoná Junior.
Osvaldo Albuquerque Cavalcanti, professor do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Maringá, defendeu a necessidade de se evitar o consumo excessivo de remédios. “Temos que fazer mudanças radicais. Tudo isto é uma questão cultural que foi implantada em que o medicamento passou a ser um produto de consumo. A prescrição médica tem que ser responsável. O paciente não pode ser instrumento de consumo numa sociedade que é séria. A prescrição está sendo irresponsável, a dispensação está sendo irresponsável. O Estado tem que fiscalizar e moralizar a questão da prescrição e o fracionamento tem que ser implementado. Consequentemente, não vai mais haver resíduo”, defendeu.
Cibele Leite, que veio representando uma grande rede de farmácias de Curitiba, disse que a empresa está implantando um programa chamado “Descarte Consciente”. Ela sugeriu a utilização de uma máquina existente no mercado que recebe o lixo do consumidor na farmácia. No próprio estabelecimento, este equipamento faz a separação das embalagens e entre o tipo de remédio, como drágeas, pomadas e líquidos. Os medicamentos são então encaminhados a uma empresa que faz o tratamento adequado do resíduo.
Diante das sugestões apresentadas, Javier Rodrigues concluiu que há a necessidade de se trabalhar em temas centrais, que são a sistematização para o gerenciamento, destinação sanitária ambiental adequada, educação dos profissionais do setor e da população, medidas de não geração e redução.
Ao final das discussões, foi formado um grupo para apresentar uma proposta de logística reversa orientado ao projeto de lei de Felipe Braga Côrtes. Vão participar representantes de laboratórios, farmácias, Vigilância Sanitária Estadual, Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Ministério Público.
“Estamos dando continuidade à nossa discussão em cima do projeto de lei. Muitos já participaram do primeiro fórum, depois houve outras reuniões do grupo formado. Apresentei o projeto de lei básico, que agora deve ser aperfeiçoado. Não quero impor uma lei que talvez não possa ser executada”, justificou Braga Côrtes.
O farmacêutico e professor da Uniandrade, Javier Rodrigues, auxiliou na mediação do debate. “Precisamos tornar Curitiba um referencial para que se resolva a questão da logística reversa dos medicamentos. Não podemos esquecer que são resíduos perigosos, que trazem um impacto ambiental”.
Segundo Marissol Domingues Muro, presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), existem 634 farmácias de dispensação em Curitiba. Para ela, o projeto não pode ser impositivo. “Façamos um trabalho com as farmácias que queiram entrar no processo. Trabalhemos um grupo de farmácias com um slogan de farmácia amiga de Curitiba. Podemos realizar um protocolo para determinar como este processo deve ser, definir um padrão. Vejo que existem pessoas que querem isto e que podem ajudar”, disse. Para a próxima reunião, Marissol propôs trazer farmacêuticos, distribuidores e indústrias favoráveis à prática.
O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Paraná, defendeu que o medicamento pode ser recebido pela farmácia. De acordo com ele, na farmácia deve-se separar as caixas e bulas para reciclagem e direciona-se o remédio para o distribuidor, que encaminhará para cada indústria o resíduo do medicamento que produziu. “Estamos vivendo num momento de consciência na questão do meio ambiente”, complementou o presidente do Sindicato, Edenir Zandoná Junior.
Osvaldo Albuquerque Cavalcanti, professor do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Maringá, defendeu a necessidade de se evitar o consumo excessivo de remédios. “Temos que fazer mudanças radicais. Tudo isto é uma questão cultural que foi implantada em que o medicamento passou a ser um produto de consumo. A prescrição médica tem que ser responsável. O paciente não pode ser instrumento de consumo numa sociedade que é séria. A prescrição está sendo irresponsável, a dispensação está sendo irresponsável. O Estado tem que fiscalizar e moralizar a questão da prescrição e o fracionamento tem que ser implementado. Consequentemente, não vai mais haver resíduo”, defendeu.
Cibele Leite, que veio representando uma grande rede de farmácias de Curitiba, disse que a empresa está implantando um programa chamado “Descarte Consciente”. Ela sugeriu a utilização de uma máquina existente no mercado que recebe o lixo do consumidor na farmácia. No próprio estabelecimento, este equipamento faz a separação das embalagens e entre o tipo de remédio, como drágeas, pomadas e líquidos. Os medicamentos são então encaminhados a uma empresa que faz o tratamento adequado do resíduo.
Diante das sugestões apresentadas, Javier Rodrigues concluiu que há a necessidade de se trabalhar em temas centrais, que são a sistematização para o gerenciamento, destinação sanitária ambiental adequada, educação dos profissionais do setor e da população, medidas de não geração e redução.
Ao final das discussões, foi formado um grupo para apresentar uma proposta de logística reversa orientado ao projeto de lei de Felipe Braga Côrtes. Vão participar representantes de laboratórios, farmácias, Vigilância Sanitária Estadual, Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Ministério Público.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba