Projeto que cria 2.582 vagas na Prefeitura de Curitiba é aprovado

por Assessoria Comunicação publicado 13/05/2014 17h20, última modificação 23/09/2021 09h44
Nesta terça-feira (13), a Câmara de Curitiba aprovou, em primeiro turno, a proposta do Executivo que prevê a criação de 2.582 vagas para o quadro de pessoal da administração direta, autarquias e fundações públicas municipais. A iniciativa recebeu 29 votos favoráveis. A proposta contempla 20 carreiras, dentre elas, 410 para profissional de magistério, 543 para educador e 874 para guarda municipal.

Segundo a justificativa da mensagem (005.00086.2014), “a redefinição do quadro de servidores, com a consequente ampliação do número de vagas legais para provimento futuro, é uma medida adotada periodicamente pela administração para planejar as ações de recrutamento e seleção do Município (concursos públicos).” “Estas vagas estão em acordo com os limites da disponibilidade orçamentária e financeira definidos no Plano Plurianual (PPA 2014-2017)”, complementou o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT).

A relação enviada pela Prefeitura de Curitiba prevê 874 novas vagas para a Guarda Municipal; 543 de educador; 410 de profissional de magistério; 175 de agentes administrativos; 150 de técnico de enfermagem; 120 de orientador de esporte e lazer; 52 de engenheiro civil; 40 de analista de finanças; 34 de assistente social; 30 de enfermeiro; 30 de auxiliar de enfermagem; 30 de técnico em saúde bucal; 10 de auxiliar de saúde bucal; 30 de auxiliar de serviços escolares; 22 de psicólogo e 10 vagas de procurador do município.

Além destes 2.560 postos de trabalho na administração direta, o projeto prevê criação de três vagas para engenheiro cartógrafo no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc); 13 vagas na Fundação de Ação Social (oito para assistentes sociais e cinco para psicólogos); e mais seis na Fundação Cultural de Curitiba, com o cargo de pesquisador artístico-cultural.

Aspectos positivos e negativos

Chicareli (PSDC) elogiou a iniciativa, mas estranhou a falta de vagas para médicos e odontólogos. “Tal ausência demonstra uma certa despreocupação por parte do município em relação à saúde bucal”. No entendimento de Pedro Paulo os investimentos em saúde aumentaram na última gestão. “Estão vigorando convênios com o Governo Federal para a construção de equipamentos, hospitais, unidades de pronto atendimento (Upas) e não podemos esquecer o programa Brasil Sorridente, que se já é importante para Curitiba, que dirá para cidades do interior”, defendeu.

“Como a cidade está em expansão, alguns setores do serviço público apresentam maior demanda de profissionais do que outros. Não é o caso, por exemplo, de dentistas e médicos, cujo quantitativo é suficiente conforme as projeções do Executivo”, complementou Professora Josete (PT). 

Outro questionamento de Chicarelli foi em relação à urgência do aumento do número de vagas para a Guarda Municipal. “Agora, por ocasião da Copa, guardas municipais serão deslocados para atender os jogos, desviando-se da necessidade básica de proteger escolas, creches e outros equipamentos municipais”, observou. Tico Kuzma (PROS), por sua vez, lembrou que as 874 vagas criadas em 2014 serão somadas às 613 criadas em março do ano passado, duplicando o efetivo da corporação.

“Essa foi justamente uma das metas propostas no início da atual gestão. É necessário, entretanto, que sejam contratados os profissionais previstos em 2013. Outras duas demandas que devem ser vistas com atenção são a criação de uma academia da Guarda Municipal e a formulação de um plano de carreira”, salientou Kuzma.

Também participaram do debate o segundo-secretário do Legislativo, Serginho do Posto (PSDB), e a líder da oposição, Noemia Rocha (PMDB). A matéria retorna à pauta da ordem do dia desta quarta-feira (14) para votação em segundo turno. Em seguida, será encaminhada ao prefeito Gustavo Fruet para sanção.