Projeto prevê uso de papel reciclável nos órgãos públicos

por Assessoria Comunicação publicado 22/06/2009 19h55, última modificação 24/06/2021 09h33
O papel utilizado em órgãos públicos da cidade poderá ser substituído por reciclável. A proposta, de autoria do vereador Paulo Frote (PSDB), foi aprovada na tarde desta segunda-feira (22), na Câmara de Curitiba. Conforme o parlamentar, o principal objetivo do projeto é contribuir para a sustentabilidade do meio ambiente, evitando o desmatamento. Para justificar a iniciativa, Frote apresentou quadro comparativo sobre a quantidade de árvores, madeira, água e energia necessária para a produção de uma tonelada de papel convencional e de reciclável, assim como a poluição do ar e os resíduos sólidos urbanos gerados pelos dois métodos. “Enquanto desperdiçamos 200 mil litros de água para produção de uma tonelada de papel convencional poderíamos gastar apenas 2 mil para a mesma quantia de reciclável, que oferece aproveitamento semelhante”, enfatizou, lembrando que várias empresas de grande porte já adotaram a medida com sucesso.
Na tribuna, Frote defendeu que o administrador público dê o exemplo de atuação ambientalmente responsável e estimule a sociedade a fazer o mesmo. “A utilização de papel reciclável é a forma mais eficaz de diminuir a quantidade de lixo produzido e reduzir os danos ambientais decorrentes do processo de fabricação.”
Dados a respeito do impacto orçamentário gerado ao município foram questionados pelos vereadores Denilson Pires (PSDB), Pastor Valdemir Soares (PRB) e Julieta Reis (DEM). Em resposta, Frote esclareceu que, apesar de  gerar custo maior aos cofres públicos, se for levado em conta o custo-benefício a medida se torna viável a curto prazo. O parlamentar também  disse que a substituição, em princípio, poderá ser realizada parcialmente e implantada quando for economicamente viável e a critério administrativo do prefeito Beto Richa.
Na opinião do vereador Omar Sabbag Filho (PSDB), o projeto é fundamental para o futuro da cidade e vem ao encontro da preocupação da população. Com dados do Sipar, o parlamentar alertou que, das 2,4 mil toneladas de lixo depositadas por dia no aterro da Caximba, mais de 13%, cerca de 336 toneladas, correspondem a papel. Apesar de reconhecer a preocupação ambiental do projeto, o vereador Jair Cézar (PSDB) considerou a medida inviável diante do preço.