Projeto prevê destino final do lixo eletrônico

por Assessoria Comunicação publicado 12/06/2009 17h40, última modificação 24/06/2021 09h09
Empresas que produzem, comercializam e importam produtos e componentes eletroeletrônicos deverão ser responsáveis pela coleta, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final do lixo tecnológico, mantendo postos de coleta para o recebimento dos produtos descartados pelos consumidores. A proposta está em projeto do presidente da Câmara de Curitiba, vereador João Cláudio Derosso (PSDB). A matéria foi apresentada nesta semana e vai passar pela análise das comissões permanentes da Casa antes de entrar na pauta de votação do plenário.
“Com a aceleração industrial, que lança a cada momento novos e sofisticados equipamentos no mercado consumidor, deparamos com grave problema ambiental: o lixo eletrônico ou lixo tecnológico”, explica Derosso, lembrando que a popularização dos computadores, televisores, aparelhos celulares e eletrodomésticos tem colaborado para o crescimento do lixo. Segundo o parlamentar, 50 milhões de toneladas de sucata eletrônica são eliminadas por ano no planeta, conforme informações do Greenpeace  (organização não governamental com atuação internacional em questões relacionadas à preservação do meio ambiente). Um monitor de computador tem cerca de um quilo de chumbo e demora perto de 300 anos para desaparecer da natureza.
Sem reciclagem, reutilização ou destinação final ambientalmente adequada, o lixo tecnológico vai proliferar no meio ambiente. Como são fabricados com metais pesados e altamente tóxicos, em contato com o solo podem contaminar o lençol freático e os mananciais que abastecem a cidade. Quando queimados poluem o ar. A ideia de Derosso, com o projeto, é evitar problemas de saúde, como intoxicações e outras doenças graves.
Produtos
O parlamentar considera lixo tecnológico os aparelhos eletrodomésticos, equipamentos e componentes eletroeletrônicos de uso industrial, comercial, doméstico e de serviços em desuso e sujeitos à disposição final (televisores, pilhas, baterias, computadores e seus equipamentos periféricos, produtos magnetizados, aparelhos celulares e produtos com metais pesados ou outras substâncias tóxicas). Derosso ilustra o projeto citando números surpreendentes: em 2007, os brasileiros compraram mais de 20 milhões de computadores, 11 milhões de televisores e 21 milhões de novos telefones celulares. No ano passado, foram vendidos mais de 10 milhões de computadores e cerca de 49 milhões de celulares. Diante desses números, o presidente da Câmara fala na mobilização para conter o avanço desse novo lixo.