Projeto de lei tira vendedores de espetinho da informalidade

por Assessoria Comunicação publicado 09/02/2017 09h30, última modificação 14/10/2021 10h20

Para corrigir uma distorção na legislação municipal, que não autoriza a venda de espetinhos em Curitiba, Julieta Reis (DEM) e Tico Kuzma (Pros) querem permitir essa categoria de comércio ambulante a Micro Empreendedores Individuais (MEI). Eles argumentam que essa lacuna nas normas está em desacordo com a legislação federal, “deixando esses trabalhadores na clandestinidade” (005.00089.2017).

Na proposição, os parlamentares lembram que o cadastro como MEI prevê a função “churrasqueiro ambulante”, e sugerem que esses profissionais regularizados recebam a licença municipal para exercer a atividade em Curitiba. O objetivo, reforçam, é garantir “simetria” entre a legislação municipal e federal, “possibilitando às pessoas que trabalham na capital, vendendo espetinhos, estarem dentro da lei e seguindo normas de segurança e higiene”.

Julieta Reis e Tico Kuzma argumentam ainda que a aprovação da lei poderá incentivar o empreendedorismo na cidade, além de aumentar a formalidade entre aqueles que já exercem a atividade. “A nossa legislação municipal não enquadra os vendedores ambulantes, fato que deixa dezenas de pessoas trabalhando na clandestinidade e sem cumprir as regras básicas da Vigilância Sanitária”.

Segundo o texto, para receber a licença municipal os trabalhadores devem usar luvas e avental; manter a higiene pessoal e do vestuário; portar cópia do certificado de curso de boas práticas de manipulação de alimentos; atender às condições de higiene do local; apresentar anualmente atestado de saúde; além de manter limpa a área ocupada pelo equipamento, instalando recipientes adequados para receber o lixo produzido, que deverá ser acondicionado e destinado nos termos da legislação vigente.

Reapresentação
A mesma matéria já tramitou antes, mas não avançou da Comissão de Urbanismo (005.00057.2015). No fim de 2016, foram arquivados 425 projetos de lei cuja tramitação não chegou a ser concluída na legislatura passada. É uma decisão dos parlamentares reeleitos reapresentar essas peças, cuja análise recomeça do zero, sendo submetidas às instruções técnicas e depois às comissões temáticas do Legislativo antes de serem votadas em plenário.