Projeto de lei sugere parcerias para viabilizar aluguel social em Curitiba

por Ana Claudia Krüger — publicado 30/07/2024 08h00, última modificação 30/07/2024 08h00
Câmara vai discutir criação de convênio entre Prefeitura de Curitiba e imobiliárias para viabilizar aluguel social na cidade.
Projeto de lei sugere parcerias para viabilizar aluguel social em Curitiba

Criado em 2015, aluguel social pode ser viabilizado mediante convênio com imobiliárias. (Foto: Arquivo/Agência Brasília)

Um projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) pretende incentivar convênios entre a prefeitura e as imobiliárias da capital que firmarem contratos de locação com beneficiários do aluguel social. A proposta de legislação prevê o pagamento do auxílio à população economicamente vulnerável que não tenha acesso à moradia digna.

O Programa Aluguel Social (PAS), instituído pela lei municipal 14.700/2015, estabelece um benefício financeiro mensal para a locação de imóveis de terceiros, destinado a famílias em situação habitacional de emergência e de baixa renda. Para ter direito ao auxílio, é necessário residir há mais de um ano em Curitiba e não possuir imóvel próprio, dentro ou fora do município.

Apesar de estar em vigor há quase 10 anos, a lei ainda não foi regulamentada por decreto municipal. A alteração na lei 14.700/2015 propõe a inclusão de um parágrafo único ao artigo 1º, prevendo a possibilidade de convênio entre a Prefeitura e as imobiliárias. Para continuar recebendo o auxílio, o beneficiário deverá prestar contas mensalmente ao Município sobre o valor recebido para o pagamento do aluguel (005.00106.2024).

Desde que o PAS entrou em vigor, há dez anos, diversos pedidos de informações oficiais foram enviados pela Câmara de Vereadores à Prefeitura de Curitiba. No último (062.01040.2023), a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab-CT) informou que a lei não previu fonte orçamentária para implementação do programa, "fato que inviabilizou sua aplicação".

Protocolado em 17 de julho, o projeto aguarda análise da Procuradoria Jurídica da Câmara (Projuris). Após receber instrução jurídica, a matéria seguirá para análise das comissões temáticas do Legislativo, antes de ser votada em plenário pelos vereadores.

O projeto é de autoria da vereadora Giorgia Prates – Mandata Preta (PT).

Restrições eleitorais