Projeto de lei proíbe proliferação de prêmios

por Assessoria Comunicação publicado 04/05/2007 16h05, última modificação 16/06/2021 08h31
Foi muito oportuna a iniciativa do vereador Mario Celso Cunha (PSDB) em proibir, através de projeto de lei, a criação de novos prêmios na Câmara Municipal de Curitiba. O grande número de homenagens que são feitas no parlamento já tem base suficiente para premiar as mais diversas classes e pessoas. Como muitos vereadores estão entrando com pedidos de criação de novos prêmios, o parlamentar já protocolou documento, com o apoio do presidente, João Cláudio Derosso (PSDB), tornando impossível a criação de novos títulos nesse sentido.
Mario Celso declarou que “existem hoje mais de 20 prêmios oficiais, incluindo Vulto Emérito, Cidadão Honorário, Cidade de Curitiba, Consagração Pública, Mérito Esportivo, Cultura e Divulgação, Operário Padrão e tantos outros. Cada honraria é entregue para 30 ou mais pessoas, gerando troféus, diplomas e sessões especiais. Nestas sessões, uma grande equipe de servidores é mobilizada, além das despesas com luz, café, água, segurança, flores e outras. Se um único prêmio exige custo muito alto, imagine mais de 20 eventos desta natureza”, disse o vereador.
O setor de cerimonial da Câmara, responsável pela organização dos eventos, não consegue mais coordenar as datas tantas são as sessões especiais agendadas, informa. “É um número muito grande e que exige uma despesa também alta, desde a confecção e expedição de convites, hora extra de funcionários e gastos com transporte de pessoal”.
O vereador lembrou que, além dos prêmios já existentes, mais seis outros projetos estão tramitando na Câmara, criando os prêmios Paz e Cultura, Motorista do Ano, Lala Schneider, Mulheres Empreendedoras, Pastor Bruno Skolimowski e Maestro Bento Mossurunga. Segundo Mario Celso, “são homenagens justas, destacando pessoas que merecem. Porém, o grande número de premiações acaba desvalorizando as demais, pois vira um verdadeiro festival de homenagens. Nossa intenção é valorizar as sessões solenes”.
Quanto aos prêmios já existentes e os seis em tramitação, o vereador entende que são positivos e que a lei vai passar a vigorar a partir de sua aprovação e publicação, não tendo efeito retroativo. Os diplomas de votos de aplausos ou louvor não terão alteração, pois no projeto de Mario Celso estão colocados no artigo primeiro como exceção.