Projeto da LDO é detalhado à população em audiência

por Assessoria Comunicação publicado 10/06/2009 18h40, última modificação 24/06/2021 09h05
Mais uma etapa da formatação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2010 foi cumprida. A Câmara de Curitiba realizou, na tarde desta quarta-feira (10), no auditório do Anexo II, audiência pública para debate final das propostas e sugestões apresentadas em todo o processo encaminhado pela prefeitura e, agora, sob análise pelo Legislativo, com as consultas públicas.
O encontro, promovido pela Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, presidida pelo vereador Paulo Frote (PSDB), pouco antes da sessão plenária, entre 14h e 16h, teve a presença de representantes da sociedade, que, a cada ano,  aumenta em participação e interesse.  Nesta fase de discussão foram registradas mais 520 sugestões.
Parâmetros
Um apanhado geral sobre a finalidade e aplicação das leis orçamentárias feito pelo consultor orçamentário da Câmara Washington Moreno, que assessora a Comissão de Economia, esclareceu o público presente sobre  parâmetros técnicos e de garantia à transparência da gestão pública determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Moreno comentou sobre algumas mudanças, citando a inclusão do orçamento da seguridade social, que passou a fazer parte da Lei Orçamentária Anual (LOA), a ser discutida e votada no segundo semestre deste ano. E,  detalhou todo o anexo da mensagem da LDO enviada pela prefeitura, para  fixar  metas e prioridades do próximo ano.
Projeto
A construção de dois equipamentos de proteção ao cidadão e a implantação de uma central de monitoramento eletrônico foram citados por Moreno dentro das explicações das metas previstas pela prefeitura. Em ação social, o projeto original já prevê, em destaque, mais três centros de referência e assistência social. No programa Curitiba Saúde, a aquisição e reposição de 1,5 mil equipamentos de saúde.  No setor educacional, várias obras e serviços, com previsão para construção e ampliação de mais 15 unidades gerais e 20 centros integrados. Em mobilidade e acessibilidade, a  garantia para obras e projetos que incluem revitalização na malha viária e melhorias no transporte coletivo,  incluindo complementação da Linha Verde, novo centro e  conservação de logradouros públicos. No meio ambiente, Moreno explicou a previsão feita pela prefeitura para atender reivindicações  apresentadas pela população, que incluem, entre as mais importantes, a gestão  da coleta de lixo e saneamento básico.
No planejamento urbano, o destaque é para a construção da Rua da Cidadania do Cajuru. Em habitação, novos reassentamentos com programas financiados pelo Fonplata (Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata) e o Moro Aqui, obras de infraestrutura  nas vilas e bairros mais distantes e  promoção em ação social.
Debate
Reivindicações como a criação de mais  unidades de atendimento ao idoso, dentro das políticas públicas já implantadas,  centro de terapia e hidroginástica e ampliação do programa de ciclovias, considerado  ainda insuficiente para a demanda da cidade,  foram feitas durante o debate da comunidade com autoridades do Legislativo.  Para Luiz Carlos Ricetti, da Associação de Moradores  Hauer/Boqueirão, “é importante que a prefeitura dê mais retorno às indagações feitas durante as audiências.”  Erni Stein, da Associação Vila Real, afirmou que “a  educação para o trânsito é fundamental em reposição à arrecadação de multas.”
Vereadores também falaram.  A líder de oposição, Noemia Rocha (PMDB), integrante da comissão,  manifestou preocupação com programas de internamento diário a dependentes de drogas. A vereadora Professora Josete (PT) acredita que a lei nacional sobre a transparência vai continuar ajudando no esclarecimento e o vereador Aldemir Manfron (PP) defendeu estreitamento nas relações entre vereadores e secretários, para melhorar ainda mais o atendimento  nos bairros, onde se concentram as reivindicações.
Gestão
O principal destaque do projeto enviado à Câmara marca a consolidação dos contratos de gestão implantados no início deste ano, como nova metodologia de acompanhamento, monitoramento e avaliação das obras, políticas públicas ou projetos  previstos para execução.
Também foram debatidas metas do eixo de desenvolvimento social nas áreas de educação, saúde e moradia. Ampliação da jornada escolar, levando-se em conta qualidade do ensino fundamental e  abertura de mais vagas em creches,  uma reivindicação constante das mães curitibanas, foram os assuntos mais comentados por vereadores e público presente.
Trâmite
Cumprida esta etapa, o projeto com as sugestões retorna à Comissão de Economia para novo parecer técnico. Na sequência, será encaminhado ao plenário para inclusão de emendas por três sessões consecutivas e  até o final do mês, acrescido das emendas, será votado pelo plenário.  A prefeitura fixou metas em torno dos R$  4,290 bilhões, representando 6,38% de variação entre os últimos orçamentos.