Projeto aprovado evita contaminação do lençol freático por cemitérios
Preocupado com a contaminação do lençol freático pelos cemitérios e com o intuito de eliminar o problema, o vereador Paulo Frote (PSDB) apresentou projeto, aprovado por unanimidade na tarde desta terça-feira (12), na Câmara de Curitiba. O documento prevê que, nos sepultamentos, as urnas, caixões, ataúdes ou esquifes devem ser impermeabilizados internamente com material apropriado. “O objetivo é evitar a contaminação do lençol freático pelo necrochorume”, esclareceu.
Segundo o parlamentar, pior do que a poluição que a gente vê é a que a gente não vê. “A poluição dos lençóis freáticos é grave e aumenta dia-a-dia”, afirmou, ressaltando que “grandes indústrias são as primeiras imagens que vêm à cabeça quando se pensa em fontes de impacto ambiental. Entretanto, os cemitérios, que à primeira vista não oferecem riscos, também podem causar danos à natureza e à saúde da população. Esses danos ocorrem quando os microorganismos encontrados nos corpos em decomposição chegam aos mananciais.”
Paulo Frote explicou que, após a morte, a água do corpo humano, que representa 70% da matéria, se transforma em substância chamada necrochorume. Esse líquido, composto por água, sais minerais e substâncias orgânicas muito tóxicas, representa um meio ideal para a proliferação de doenças como poliomielite e hepatite. As principais causas da contaminação são geralmente a presença de túmulos malfeitos, a manutenção precária e a má localização dos cemitérios. "Embora o assunto seja tema de pesquisa há muitos anos é uma ameaça à saúde da população, existem poucas regulamentações, não recebendo o devido mérito, provavelmente por desinformação", avaliou.
Na opinião de Frote, o valor gasto para a impermeabilização é ínfimo se comparado ao bem gerado ao meio ambiente e à população. A despoluição de um lençol freático leva mais de 300 anos.
Sugestão
O presidente da Comissão de Saúde, Bem-estar e Meio Ambiente, vereador Aldemir Manfron (PP), destacou método utilizado em outras cidades, que pode ser adotado por todas as classes sociais por ter um custo relativamente baixo. Trata-se de um plástico com zíper, conhecido como pijama, que deve ser colocado em volta das urnas e similares, impedindo que qualquer resíduo ultrapasse. Em resposta, Paulo Frote informou que a lei prevê apenas a impermeabilização e não o procedimento. “O material e a forma escolhida fica a critério do Executivo”, acrescentou.
Exemplo
No que diz respeito aos riscos de contaminação, os cemitérios verticais têm uma vantagem. O necrochorume não entra em contato com o solo, pois é depositado em gavetas e depois se evapora. Os cemitérios-parque não diferem dos tradicionais, ou seja, também acabam poluindo os lençóis freáticos. Mas, o exemplo de que não poluir também é possível vem justamente de um cemitério-parque paranaense, o cemitério Parque São Pedro, em Curitiba, o único no mundo a possuir o certificado ISO-14001, ou seja, está totalmente de acordo com as normas ambientais.
Apartes
Além de Paulo Frote e Aldemir Manfron, também fizeram apartes os vereadores Algaci Tulio (PMDB), Serginho do Posto (PSDB), João do Suco (PSDB), Valdemir Soares (PRB), Jonny Stica (PT) e Jair Cézar (PSDB), que destacou a alternativa utilizada na Rússia, onde são colocados blocos de chumbo com espessura de 30 cm embaixo das urnas.
Segundo o parlamentar, pior do que a poluição que a gente vê é a que a gente não vê. “A poluição dos lençóis freáticos é grave e aumenta dia-a-dia”, afirmou, ressaltando que “grandes indústrias são as primeiras imagens que vêm à cabeça quando se pensa em fontes de impacto ambiental. Entretanto, os cemitérios, que à primeira vista não oferecem riscos, também podem causar danos à natureza e à saúde da população. Esses danos ocorrem quando os microorganismos encontrados nos corpos em decomposição chegam aos mananciais.”
Paulo Frote explicou que, após a morte, a água do corpo humano, que representa 70% da matéria, se transforma em substância chamada necrochorume. Esse líquido, composto por água, sais minerais e substâncias orgânicas muito tóxicas, representa um meio ideal para a proliferação de doenças como poliomielite e hepatite. As principais causas da contaminação são geralmente a presença de túmulos malfeitos, a manutenção precária e a má localização dos cemitérios. "Embora o assunto seja tema de pesquisa há muitos anos é uma ameaça à saúde da população, existem poucas regulamentações, não recebendo o devido mérito, provavelmente por desinformação", avaliou.
Na opinião de Frote, o valor gasto para a impermeabilização é ínfimo se comparado ao bem gerado ao meio ambiente e à população. A despoluição de um lençol freático leva mais de 300 anos.
Sugestão
O presidente da Comissão de Saúde, Bem-estar e Meio Ambiente, vereador Aldemir Manfron (PP), destacou método utilizado em outras cidades, que pode ser adotado por todas as classes sociais por ter um custo relativamente baixo. Trata-se de um plástico com zíper, conhecido como pijama, que deve ser colocado em volta das urnas e similares, impedindo que qualquer resíduo ultrapasse. Em resposta, Paulo Frote informou que a lei prevê apenas a impermeabilização e não o procedimento. “O material e a forma escolhida fica a critério do Executivo”, acrescentou.
Exemplo
No que diz respeito aos riscos de contaminação, os cemitérios verticais têm uma vantagem. O necrochorume não entra em contato com o solo, pois é depositado em gavetas e depois se evapora. Os cemitérios-parque não diferem dos tradicionais, ou seja, também acabam poluindo os lençóis freáticos. Mas, o exemplo de que não poluir também é possível vem justamente de um cemitério-parque paranaense, o cemitério Parque São Pedro, em Curitiba, o único no mundo a possuir o certificado ISO-14001, ou seja, está totalmente de acordo com as normas ambientais.
Apartes
Além de Paulo Frote e Aldemir Manfron, também fizeram apartes os vereadores Algaci Tulio (PMDB), Serginho do Posto (PSDB), João do Suco (PSDB), Valdemir Soares (PRB), Jonny Stica (PT) e Jair Cézar (PSDB), que destacou a alternativa utilizada na Rússia, onde são colocados blocos de chumbo com espessura de 30 cm embaixo das urnas.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba