Projeto aprovado beneficia pessoas com epilepsia

por Assessoria Comunicação publicado 10/05/2006 18h55, última modificação 09/06/2021 09h56
A Câmara Municipal de Curitiba aprovou, nesta quarta-feira (10), a instituição do Dia Municipal da Epilepsia, a ser comemorado anualmente em 09 de setembro. O projeto de lei é de autoria do vereador Zé Maria (PPS), e foi aprovado por unanimidade, recebendo diversos apartes elogiosos.
O dia 09 de setembro foi escolhido por ser a data nacional da Epilepsia, designada pela Organização Mundial de Saúde e pela Liga Internacional contra a Epilepsia. O objetivo da proposição é promover estudos e ações que melhorem a qualidade de vida da pessoa com epilepsia e sua integração na sociedade.
“Vamos divulgar a inclusão da pessoa com epilepsia no mercado de trabalho. A desinformação é um dos piores fatores e a campanha fará com que muitos portadores ‘saiam da sombra’”, justificou o vereador Zé Maria.
Para o vereador Angelo Batista (PP), presidente da Comissão de Saúde, Bem Estar Social e Meio Ambiente, “esta Casa tem dedicado muita atenção ao tema. O epiléptico tem dificuldades que precisam ser relevadas, sem impedi-lo de fazer suas atividades normais”, disse Batista.
“A epilepsia é um problema mundial, em que 80% dos atingidos são crianças”, afirmou o vereador Mario Celso Cunha (PSDB), lembrando, ainda, que há oito anos Curitiba iniciou a cirurgia no combate à epilepsia, sendo pioneira.
Números
Em Curitiba, 544  portadores de deficiência mental trabalham com carteira assinada e cerca de 60% deles tomam medicamentos. O primeiro estabelecimento a empregar deficientes foi a rede de supermercados Festval.
Estima-se que os distúrbios causados pela epilepsia sejam responsáveis pela perda de 11% dos dias úteis de trabalho em todo o mundo. A epilepsia sozinha contribui com 1% do total dos dias perdidos, gerando grande impacto negativo na economia.
Epilepsia
A epilepsia é um distúrbio do cérebro, que se expressa por crises epilépticas repetidas, decorrentes de inúmeras causas, detectáveis ou não. Uma delas é a neurocisticercose, que é a presença, na carne, da larva da Taenia solium, cujo hospedeiro intermediário é o suíno e o homem, o hospedeiro definitivo, que, uma vez infectado pelos ovos, desenvolve cisticercose nos tecidos, que pode atingir o cérebro.
Quando não tratada, pode levar à morte. O tratamento é relativamente fácil e barato, desde que o diagnóstico seja feito precocemente e o acompanhamento médico seja apropriado.