Proibição do amianto debatida em seminário

por Assessoria Comunicação publicado 20/10/2011 11h15, última modificação 12/08/2021 09h51
Preocupada com a saúde do trabalhador e meio ambiente, a vereadora Noemia Rocha (PMDB) participou, nesta quarta-feira (19), de seminário sobre os malefícios do amianto, muito utilizado na construção civil. O encontro, realizado no plenário da Assembleia Legislativa, também contou com a presença da vereadora Professora Josete (PT).
De acordo com a parlamentar, no evento foi debatido o projeto de lei do deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB), que visa a proibição de uso da fibra cancerígena. Na ocasião, ela o parabenizou pela luta e destacou a importância desta causa. “Esta é uma questão emergência, pois a poeira assassina traz doenças e morte dos trabalhadores”, afirmou.
Em seu discurso, Noemia Rocha apresentou projeto de sua autoria que também propõe a proibição do amianto. “Estou lutando pela vida. Meu projeto já passou por todas as comissões da Casa e aguarda votação em plenário. Espero que meus colegas vereadores se sensibilizem e sejam favoráveis à iniciativa”, destacou.
Projeto
Tramita na Câmara de Curitiba, desde 2009, proposta da veredora com objetivo de proibir o uso de materiais contendo o amianto em sua composição. A matéria contempla, ainda, a criação da Semana de Proteção contra o Amianto, período voltado a conscientizar a população sobre os riscos decorrentes do uso do minério.
Segundo Fernanda Giannasi, auditora fiscal do Trabalho em São Paulo, 60 países já aboliram o uso da fibra cancerígena. No Brasil, em mais de 20 cidades já houve a proibição. “É importante que as cidades aprovem esta lei, pois precisamos criar mecanismos locais que permitam a fiscalização. Além das leis estaduais, precisamos continuar trabalhando pelas leis municipais”, disse.
A fibra
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde, o amianto leva à morte cerca de 90 mil pessoas anualmente. A substância pode ser encontrada em milhares de produtos. Entre eles, telhas e caixas dágua. Noemia Rocha chama atenção para o número de funcionários expostos. “Estamos falando de um dos cancerígenos mais estudados no mundo e que é muito usado em nosso país. O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores mundiais”.