Programa Jovem CMC completa formação de estagiários
Presidente da Comissão de Meio Ambiente, a vereadora Maria Leticia fez a primeira palestra do programa. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) lançou, na manhã desta quinta-feira (25), o Programa Jovem CMC. Realizada pela Escola do Legislativo, em parceria com a Divisão de Saúde Ocupacional, a iniciativa ofertará encontros mensais, ao longo do ano, com os estagiários de Ensino Médio e do convênio com o Colégio Guarda Mirim do Paraná, assinado em fevereiro passado. A primeira palestra para os estudantes, com o tema Sustentabilidade e Reciclagem, foi ministrada pela vereadora Maria Leticia (PV), presidente da Comissão de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Metropolitanos.
“O objetivo é sair da rotina mesmo. Serão temas bem diferentes. Serão temas complementares para a formação de vocês”, explicou aos estagiários a gestora da Escola do Legislativo, Danielli Wandembruck. Ou seja, o Programa Jovem CMC vai abordar diversas temáticas, com a proposta de “complementação da educação formal de uma forma holística” e de “despertar o máximo potencial de cada um”.
O segundo encontro será na próxima quinta (1º), às 14h30, sob a coordenação da Saúde Ocupacional. A terapeuta integrativa Adriana Czelusniak ministrará uma atividade prática sobre técnicas de relaxamento. “Vocês aperfeiçoarão também a saúde emocional”, completou a gestora da Escola do Legislativo.
“É mais uma conversa, não vale nota”, brincou Maria Leticia, no começo da palestra. A vereadora, que também é médica, reforçou a relação entre a saúde e a sustentabilidade. “A saúde depende de a gente viver num ambiente saudável também. E claro que esse meio ambiente saudável depende de a gente cuidar dele também”, esclareceu.
A presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Curitiba falou da importância da separação correta dos resíduos. “Alguém já visitou um aterro? Eu já visitei. Só de olhar, é assustador”, pontuou. "40% do lixo que vai para o aterro não deveria estar lá. […] o resultado é que polui o solo, polui a água.”
Maria Leticia ressaltou a importância do trabalho das associações de catadores de recicláveis da cidade. “Além dos catadores, quem mais pode fazer parte desse ciclo [da separação e a destinação correta dos resíduos]? Todos nós”, continuou. No entanto, alertou a vereadora, os catadores enfrentam problemas justamente porque as pessoas não fazem a reciclagem da forma correta.
Além de itens como o isopor e embalagens de salgadinhos, que “[pelo] custo-benefício não vale a pena reciclar”, explicou, a segurança deles é colocada em risco, durante a separação dos resíduos, por se depararem com seringas e fraldas, por exemplo, descartados com os recicláveis.
“Pensem nas pessoas que estão lá na ponta, pensem na saúde delas”, pediu a palestrante. Dentre outros temas, Maria Leticia também conversou com os estudantes sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos - instituído pela lei federal 12.305/2010 e que, segundo ela, “não tem sido aplicado com plenitude” -, a logística reserva e a compostagem. “A compostagem é riqueza, é dinheiro também”, afirmou. No fim da palestra, a vereadora lançou uma provocação aos jovens: por que as indústrias não adaptam as embalagens de seus produtos, para que passem a gerar menos lixo e adotem apenas materiais recicláveis?
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