Programa Fala Belém é tema da tribuna livre

por Assessoria Comunicação publicado 05/10/2005 19h40, última modificação 02/06/2021 08h40
“O rio Belém é o único curso d´água genuinamente curitibano e sua bacia hidrográfica abrange 42 km2 de extensão, o que destaca sua importância.” A declaração é do vereador Jorge Bernardi (PDT), que convidou o professor Arnaldo Carlos Muller, da PUC, para ocupar o espaço da Tribuna Livre na sessão plenária desta quarta-feira (5), com o intuito de mostrar aos parlamentares os objetivos do programa Fala Belém, que elabora projetos que integram estudantes, comunidade, iniciativa privada e poder público visando despoluir o rio Belém. “Se este objetivo for alcançado, teremos o primeiro rio urbano da América do Sul a ser restaurado em sua qualidade ambiental”, destacou Muller.
Em sua fala, o professor afirmou que, de acordo com pesquisa realizada entre estudantes da área ambiental, o principal problema de Curitiba nessa questão é o rio Belém. A partir disso, o programa convocou acadêmicos e alunos de escolas públicas para atividades, como limpar trechos do rio, distribuir material explicativo à população e a coleta de sugestões e assinaturas para que soluções surjam para o problema ambiental do rio Belém. Muller afirmou que “os resultados têm sido positivos e a população está sensível ao problema”.
“A função da universidade é o ensino e a pesquisa. Queremos que a população se conscientize e que isto tenha reflexos aqui na Câmara”, declarou o professor, destacando a importância política do programa Fala Belém.
Os vereadores fizeram perguntas e apresentaram sua opiniões ao professor Arnaldo Muller. O vereador Jônatas Pirkiel (PL) afirmou que o envolvimento da Sanepar é importante e que o cuidado com os rios ainda é uma deficiência da cidade de Curitiba. André Passos (PT) perguntou qual seriam as atividades de caráter contínuo do programa. Muller destacou a conscientização tanto de famílias pobres como de classe média que moram nas proximidades do rio e também são agentes poluidores. “Historicamente, o rio Ivo é mantido limpo e o Belém é considerado o esgoto da cidade inteira e é preciso mudar essa percepção”, disse o professor.