Primeiro-suplente ao Senado, Salamuni é recebido em plenário
“Me coloco à disposição para ser um elo entre o senador e esta Casa”, afirmou o ex-vereador Paulo Salamuni (PV) em visita à Câmara Municipal de Curitiba (CMC) durante a sessão desta quarta-feira (10). Presidente do Legislativo da capital durante o biênio 2013-2014, ele é o primeiro-suplente da chapa do senador eleito Professor Oriovisto Guimarães (Pode), que no último domingo (7) teve 2.957.239 votos. A segunda vaga ficou com Flávio Arns (Rede), com 2.331.740 votos.
“Continuo insistindo em dizer que o vereador é o limpa-trilhos do estado de direito, o para-choque da democracia. Enquanto eu puder ter forças e por onde eu andar, o vereador sempre será valorizado. Nunca deixei que o papel de vereador fosse afrontado”, declarou Salamuni, que assumiu uma cadeira do Legislativo de Curitiba durante sete legislaturas. Após saudar Goura (PDT), eleito deputado estadual, Salamuni parabenizou os demais 18 parlamentares que pleitearam outros cargos no último domingo. “Quem concorre precisa ter coragem. Coragem é matéria-prima da civilização. Sem a coragem as instituições perecem”, avaliou.
Para o ex-presidente da CMC, o senador eleito Professor Oriovisto Guimarães, que em 2019 assumirá o primeiro mandato político e nunca havia disputado uma eleição, poderia se tornar um “case [estudo de caso]”. “Ele saiu das pesquisas com 0%”, citou. Salamuni também brincou sobre a dificuldade que as pessoas tinham para pronunciar seu nome. “Os deputados chegavam no palanque lá. Vinha de tudo. E eu dizia: "Chama de professor"”, relatou.
“As pessoas falam que é o poder econômico [Guimarães é um dos fundadores e ex-presidente do Grupo Positivo]. Mas tivemos candidatos com poder econômico maior que não pontuaram absolutamente nada”, continuou Salamuni. “O Professor Oriovisto não tem nenhum tipo de vaidade. Não precisa de absolutamente nada. Não tem canga no pescoço.” Ainda de acordo com ele, os três senadores do estado – Guimarães e Arns se somarão a Álvaro Dias (Pode), cujo mandato terminará em 2022, em “um pacto para trabalhar pelo Paraná e consequentemente por Curitiba”.
Conforme o Regimento Interno do Senado Federal, o primeiro-suplente assume a vaga em caso de renúncia, morte ou licença do titular por prazo superior a 120 dias. Recepcionado em plenário pelos vereadores, após o pronunciamento Salamuni foi convidado para compor a mesa da Câmara. A presença do ex-presidente foi saudada da tribuna da Casa por Chicarelli (DC), Goura e Helio Wirbiski (PPS), em discursos durante o horário das lideranças partidárias.
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