Prêmio Pablo Neruda é aprovado na Câmara
Os vereadores da Câmara de Curitiba aprovaram, em segundo turno, nesta segunda-feira (29), projeto que prevê a criação do Prêmio Pablo Neruda de Direitos Humanos. A proposta, do vereador Adenival Gomes (PT), é outorgar a homenagem a cada dois anos, a pessoas ou entidades não governamentais que tenham se destacado na luta pelo direito à liberdade ideológica, de credo religioso, opinião, democracia e justiça social.
O prêmio, conforme o documento, será outorgado em forma de diploma e troféu, a serem entregues preferencialmente no dia 12 de julho, data de nascimento do poeta chileno. Cada parlamentar poderá apresentar apenas uma indicação de homenagem, que deverá ser acompanhada de justificativa escrita que evidencie o mérito do homenageado e que será submetida à apreciação da Comissão de Educação Cultura, Bem Estar-Social e Ecologia.
A presidente da Casa Latino-americana, Gladys de Souza, ocupou a tribuna da Câmara para agradecer a iniciativa do Legislativo municipal.
O poeta
Nascido em Parral, no Chile, em 1904, como Neftali Reyes Basualto, Neruda escreveu seus primeiros versos antes de completar 15 anos. De "20 Poemas de Amor e uma Canção Desesperada" até os "Versos do Capitão", a poesia do chileno trata do cosmos, da água, do ar, das raízes históricas ou dos problemas do homem simples e das relações humanas.
Em 1945, foi eleito senador, integrando a coalizão Progressista Nacional. Naquele ano, aderiu formalmente ao Partido Comunista. Quando o partido foi proibido, em 1948, fugiu para a Argentina e de lá seguiu para a Europa, onde viveu durante cinco anos no exílio entre Itália, França e outros países.
Ao voltar ao Chile, foi candidato à presidência, em 1969, mas desistiu da candidatura em favor do líder socialista Salvador Allende, que venceu a eleição. Durante o governo de Allende, foi embaixador do Chile na França e recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.
Retornou ao Chile em 1973 e refugiou-se em sua casa de praia, onde morreu, vítima de câncer, aos 69 anos, no dia 23 de setembro daquele ano, duas semanas depois da morte de Allende.
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