Prefeitura quer parcelar dívida de R$ 30 mi com consórcio do lixo
A Prefeitura de Curitiba solicitou autorização à Câmara Municipal para parcelar, em 36 vezes, uma dívida de R$ 30.282.264,44 com o Consórcio Intermunicipal de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (Conresol). Curitiba é um dos 23 municípios que integram o consórcio responsável por gerir a coleta e destinação do lixo gerado nessas cidades – aproximadamente 2,7 mil toneladas/dia. Protocolado nesta quarta-feira (23), o Executivo solicitou que o projeto tramite em regime de urgência (005.00128.2016).
Segundo a justificativa da proposição, a “Secretaria Municipal do Meio Ambiente apresentou ao Conresol proposta de parcelamento dos valores pendentes, no total de R$ 30.282.264,44, sendo que o principal é de R$ 28.768.042,47, com correção monetária de R$ 1.514.221,97. A proposta tem o objetivo de quitar os débitos pendentes, referentes a atrasos ocorridos por problemas financeiros pelos quais passou o Município. A quitação do débito será feita em 36 vezes de R$ 841.174,01”.
Já lido no pequeno expediente, o projeto segue para a instrução técnica da Procuradoria Jurídica e depois para as comissões temáticas do Legislativo. Durante a análise dos colegiados, podem ser solicitados estudos adicionais, juntada de documentos faltantes, revisões no texto ou o posicionamento de outros órgãos públicos afetados pelo teor do projeto. Depois de passar pelas comissões, o projeto segue para o plenário e, se aprovado, para sanção do prefeito para virar lei.
Regime de urgência
No projeto, o Executivo pede tramitação com urgência, que não precisa ser ratificado pelos vereadores, e dá para a Câmara Municipal 45 dias para a análise nas comissões. Depois disso, a matéria é incluída na ordem do dia. A questão é que, como o Regimento Interno da Câmara Municipal indica o início do recesso parlamentar no dia 20 de dezembro, esse prazo pode ser insuficiente para garantir a votação em plenário.
Em outro projeto da prefeitura, que reabre o prazo do Refic 2015 (leia mais), o Executivo também havia solicitado tramitação com urgência. Só que para acelerar a votação, uma vez que a previsão era reabrir o prazo ainda em novembro, adotou-se também o pedido de urgência do Legislativo, cujo prazo é mais curto: apenas três dias para manifestação das comissões, seguida por votação em plenário. Podem solicitar essa urgência especial Mesa Executiva, Comissões Permanentes ou por requerimento assinado por um terço dos vereadores.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba