Prefeitura presta contas na Câmara

por Assessoria Comunicação publicado 30/09/2009 18h45, última modificação 25/06/2021 11h04
Da meta inicial prevista pela prefeitura de Curitiba para investir em serviços e obras no segundo quadrimestre deste ano, 66% já foram alcançados, o que significa que, da estimativa de receita total de pouco mais de  R$ 4 bilhões,  R$ 2,675 bi foram aplicados em metas da administração. Outro dado importante é que  90% das dívidas da prefeitura também já estão amortizados, segundo o secretário de Finanças, Luiz  Eduardo da Veiga Sebastiani.
Com sua equipe técnica, Sebastiani cumpriu as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) na audiência pública de prestação de contas à Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal, nesta quarta-feira (30). Na mesma audiência, coordenada pelo vereador Paulo Frote (PSDB), presidente da comissão, o consultor econômico e financeiro da Casa, Washington Moreno, falou sobre as contas do Legislativo.
Sebastiani citou todos os valores e percentuais da execução orçamentária entre maio e agosto. Ele ressaltou despesas nas áreas de saúde (16,91% da receita) e educação (24,74% da receita). Nos dois setores foram destinados até agora aproximadamente R$ 1 bilhão. Saúde consumiu R$ 529,1 milhões e educação R$ 400,3 milhões. Ainda da área social, habitação e saneamento têm valores significativos. Urbanismo e gestão ambiental fazem a sequência das maiores despesas da administração.
Limites
As exposições de Washington e Sebastiani mostraram que os poderes públicos de Curitiba estão cumprindo todos os dispositivos da atual legislação fiscal. Para 2010, a PEC 379/09, recentemente promulgada, reduzirá os limites de repasses à Câmara de 5% para 4,5%.
No Executivo, a administração tem prezado o limite prudencial de 51,3% de despesa com pessoal,  que, neste segundo quadrimestre, representou  R$ 1,4 bilhão.  O respeito aos limites gerais do orçamento, conforme Sebastiani, também respaldou a contratação dos novos programas da Cohab em parceria com o governo federal, especialmente os incluídos no PAC, o Plano de Aceleração do Crescimento.
Explicações
Sebastiani comentou sobre a importância dos tributos gerais na composição da receita. Entre os sete principais estão o IPTU e o ISS seguidos do Imposto de Renda retido na fonte e do IPVA (Imposto sobre Propriedade  de Veículos Automotores), que é compartilhado com o Estado. Embora com altos índices de arrecadação, o secretário avaliou que o imposto causa preocupação quanto à manutenção da malha viária. O aumento no número dos veículos implica diretamente na necessidade de ampliação dos investimentos, que, muitas vezes, não têm como seguir uma ordem proporcional direta.
Quanto aos efeitos tributários, Sebastiani anunciou o envio à Casa de um projeto reformulador que deve interferir  nos incentivos à preparação da cidade  para a Copa 2014.
O Refic, Programa de Recuperação Fiscal da prefeitura, que promove a regularização de créditos do município, decorrentes de débitos relativos ao IPTU e ao ISS inscritos ou não em dívida ativa, não tem, segundo o secretário, influenciado negativamente na dívida consolidada. A prefeitura tem honrado seus compromissos. Um exemplo são os programas do PAC.
Questionamentos
Além dos integrantes da comissão, a audiência pública contou com a presença do vereador  Omar Sabbag Filho (PSDB). O parlamentar representou a Casa na última edição da Conferência das Cidades, tratando do tema da reforma tributária. O titular das Finanças ainda respondeu questionamentos das vereadoras Noemia Rocha (PMDB), Professora Josete (PT) e Serginho do Posto (PSDB) sobre o impacto da arrecadação da União no município,  patamar dos juros impostos à divida contraída, capacidade de endividamento, despesas de custeio e encargos.
A realização da audiência foi considerada produtiva pelo vereador Paulo Frote, presidente da Comissão de Finanças  da Casa, que também recebeu a prestação de contas do Legislativo, embora não seja um  requisito legal.