Prefeitura informa sobre a situação da água em Curitiba
O Departamento de Recursos Hídricos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente esteve reunido, na tarde desta quinta-feira (22), com os vereadores da Comissão Especial da Água da Câmara para falar sobre como está a situação do tratamento da água no município. O técnico José Tadeu Weidilich Motta e a coordenadora de Recursos Hídricos, Cláudia Boscardim, informaram sobre o sistema de esgoto da cidade, contrato com a Sanepar e projetos para a recuperação de leitos de rios que passam pela cidade. Para o vereador Francisco Garcez (PSDB), presidente da comissão, as explicações da prefeitura serviram para nortear as próximas reuniões.
“Foram dadas informações importantes a respeito da situação dos rios que possibilitarão um norteamento às nossas discussões. Hoje, já temos um esqueleto para o diagnóstico que queremos montar”, diz Garcez.
Weidilich apresentou aos vereadores um mapeamento da rede de esgoto em Curitiba. “A Sanepar informa que 93% da cidade são atendidos pela rede de esgoto, mas pelo mapa fica visível que este alcance é menor. No Alto Boqueirão, um dos bairros mais populosos, mais de 60% do território não tem atendimento pela rede”, afirma. Segundo ele, a capital hoje é atendida por cinco estações de tratamento de água da Sanepar: Atuba Sul, Belém, Padilha Sul, Santa Quitéria e CIC/ Xisto. “Atuba Sul e Belém estão operando com sobrecarga. A Belém atende, além de Curitiba, mais um terço de São José dos Pinhais, mas foi projetada para atender só a capital. Hoje, o depósito de lodo da estação, que é o que sobra do tratamento do esgoto, é de três milhões de toneladas. A estação Atuba Sul está subdimensionada e, quando ocorre qualquer chuva forte, é preciso desligá-la, senão os equipamentos podem queimar devido à vazão do rio”, disse.
Ele explicou que este acompanhamento começou a ser feito pelo Departamento de Recursos Hídricos da prefeitura e passou a funcionar em 2008. Antes disso, a fiscalização das redes de esgoto era feita somente por denúncias do Ministério Público e pela população no 156. “Não tínhamos um acompanhamento técnico do serviço, só financeiro, relativo ao contrato com a Sanepar”, informou. Hoje, o departamento realiza 2.400 vistorias mensais só na Bacia do Rio Barigui. Ele ainda disse que Curitiba está elaborando um plano de saneamento que deverá ser entregue ao governo federal até o final de 2010. “Esta é uma exigência para todas as cidades do País, para que possam receber recursos federais, mas, pelo que sabemos, somente Curitiba e outras poucas cidades estão fazendo”, complementa.
O técnico apontou alguns problemas no contrato assinado entre a prefeitura e a Sanepar em 2001, que agora pretendem renegociar. O contrato tem vigência por 30 anos para produção, distribuição, operação, tratamento e coleta de água em Curitiba, entre outras atribuições. “Entre os deveres, eles teriam que atender 100% de fornecimento de água para Curitiba até 2004 e a Sanepar informa hoje que são 99%. Para a coleta e tratamento de esgoto, foi estabelecido que até 2020 deveria haver 90% de atendimento, mas o contrato não especifica se esta porcentagem é sobre a população, o número de domicílios atendidos ou o território”, ressalta. Ele explica que há também uma cláusula que permite o compartilhamento de estações de Curitiba com outras cidades, o que ocasiona problemas como o da estação Belém.
Para o Departamento de Recursos Hídricos, a criação da comissão, que está em atividade desde o início deste mês, será um grande passo para melhorar a qualidade da água na capital. “Para o Executivo, a simples criação desta comissão já foi um grande avanço porque a ação da Câmara é uma forma de apoio para nós na fiscalização. Os vereadores vão escutar todas as partes e isto vai nos subsidiar para aumentarmos a negociação com a concessionária”, afirma Weidilich.
A próxima reunião da comissão deverá contar com a presença de cientistas da área e ONGs. “É uma reunião que promete a participação da comunidade organizada”, lembra Garcez. Também integram a CE os vereadores Jonny Stica (PT), Algaci Tulio (PMDB), Julieta Reis (DEM), Zé Maria (PPS), Caíque Ferrante (PRP), Juliano Borghetti (PP), Tico Kuzma (PSB) e o tucano Felipe Braga Côrtes.
Viva Barigui
A coordenadora de Recursos Hídricos, Cláudia Boscardim, também explicou aos vereadores que a prefeitura tem um projeto de revitalização da Bacia do Barigui, rio que ocupa um terço do município. Este projeto pretende limpar as margens do rio, construir uma via parque arborizada que vai delimitar a área de preservação, regularizar ocupações nas margens ou transferi-las para outras áreas, informar a Sanepar de ligações irregulares no rio, realizar um trabalho de educação ambiental para a população, entre outras atividades. “É um projeto que vai delimitar o uso, ocupação e recuperação da bacia”, afirma.
“Foram dadas informações importantes a respeito da situação dos rios que possibilitarão um norteamento às nossas discussões. Hoje, já temos um esqueleto para o diagnóstico que queremos montar”, diz Garcez.
Weidilich apresentou aos vereadores um mapeamento da rede de esgoto em Curitiba. “A Sanepar informa que 93% da cidade são atendidos pela rede de esgoto, mas pelo mapa fica visível que este alcance é menor. No Alto Boqueirão, um dos bairros mais populosos, mais de 60% do território não tem atendimento pela rede”, afirma. Segundo ele, a capital hoje é atendida por cinco estações de tratamento de água da Sanepar: Atuba Sul, Belém, Padilha Sul, Santa Quitéria e CIC/ Xisto. “Atuba Sul e Belém estão operando com sobrecarga. A Belém atende, além de Curitiba, mais um terço de São José dos Pinhais, mas foi projetada para atender só a capital. Hoje, o depósito de lodo da estação, que é o que sobra do tratamento do esgoto, é de três milhões de toneladas. A estação Atuba Sul está subdimensionada e, quando ocorre qualquer chuva forte, é preciso desligá-la, senão os equipamentos podem queimar devido à vazão do rio”, disse.
Ele explicou que este acompanhamento começou a ser feito pelo Departamento de Recursos Hídricos da prefeitura e passou a funcionar em 2008. Antes disso, a fiscalização das redes de esgoto era feita somente por denúncias do Ministério Público e pela população no 156. “Não tínhamos um acompanhamento técnico do serviço, só financeiro, relativo ao contrato com a Sanepar”, informou. Hoje, o departamento realiza 2.400 vistorias mensais só na Bacia do Rio Barigui. Ele ainda disse que Curitiba está elaborando um plano de saneamento que deverá ser entregue ao governo federal até o final de 2010. “Esta é uma exigência para todas as cidades do País, para que possam receber recursos federais, mas, pelo que sabemos, somente Curitiba e outras poucas cidades estão fazendo”, complementa.
O técnico apontou alguns problemas no contrato assinado entre a prefeitura e a Sanepar em 2001, que agora pretendem renegociar. O contrato tem vigência por 30 anos para produção, distribuição, operação, tratamento e coleta de água em Curitiba, entre outras atribuições. “Entre os deveres, eles teriam que atender 100% de fornecimento de água para Curitiba até 2004 e a Sanepar informa hoje que são 99%. Para a coleta e tratamento de esgoto, foi estabelecido que até 2020 deveria haver 90% de atendimento, mas o contrato não especifica se esta porcentagem é sobre a população, o número de domicílios atendidos ou o território”, ressalta. Ele explica que há também uma cláusula que permite o compartilhamento de estações de Curitiba com outras cidades, o que ocasiona problemas como o da estação Belém.
Para o Departamento de Recursos Hídricos, a criação da comissão, que está em atividade desde o início deste mês, será um grande passo para melhorar a qualidade da água na capital. “Para o Executivo, a simples criação desta comissão já foi um grande avanço porque a ação da Câmara é uma forma de apoio para nós na fiscalização. Os vereadores vão escutar todas as partes e isto vai nos subsidiar para aumentarmos a negociação com a concessionária”, afirma Weidilich.
A próxima reunião da comissão deverá contar com a presença de cientistas da área e ONGs. “É uma reunião que promete a participação da comunidade organizada”, lembra Garcez. Também integram a CE os vereadores Jonny Stica (PT), Algaci Tulio (PMDB), Julieta Reis (DEM), Zé Maria (PPS), Caíque Ferrante (PRP), Juliano Borghetti (PP), Tico Kuzma (PSB) e o tucano Felipe Braga Côrtes.
Viva Barigui
A coordenadora de Recursos Hídricos, Cláudia Boscardim, também explicou aos vereadores que a prefeitura tem um projeto de revitalização da Bacia do Barigui, rio que ocupa um terço do município. Este projeto pretende limpar as margens do rio, construir uma via parque arborizada que vai delimitar a área de preservação, regularizar ocupações nas margens ou transferi-las para outras áreas, informar a Sanepar de ligações irregulares no rio, realizar um trabalho de educação ambiental para a população, entre outras atividades. “É um projeto que vai delimitar o uso, ocupação e recuperação da bacia”, afirma.
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