Em uma alusão à situação vivida pelo governo do Paraná, que cogitou utilizar recurso da previdência dos servidores públicos para reforçar o caixa do Estado, a secretária municipal de Finanças, Eleonora Fruet, disse que a prefeitura não planeja “pegar” dinheiro do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba. “O IPMC tem R$ 1,2 bilhão no fundo financeiro, mas não vamos mexer nisso”, garantiu. A afirmação foi feita durante a prestação de contas do Executivo, realizada na Câmara Municipal nesta sexta-feira (27).

Vereadores presentes na audiência, conduzida pelo novo presidente da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, Bruno Pessuti (PSC), aplaudiram a declaração.

Recentemente, o governador Beto Richa enviou à Assembleia Legislativa um pacote de ajuste fiscal. Entre as mudanças previstas está a fusão dos fundos da Paranaprevidência. Na prática, o governador fica autorizado a usar R$ 8 bilhões de um deles para pagar a folha dos funcionários inativos do estado. O risco imediato é que, diante das dificuldades econômicas e financeiras do estado, o saldo milionário seja zerado em curto espaço de tempo para pagar também as aposentadorias. O projeto foi retirado da pauta da Assembleia no dia 12 de fevereiro, marcado pelas manifestações dos professores. Mas nessa semana, o governador cogitou reenviar o mesmo projeto para votação dos deputados.

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