Prefeitura de Curitiba presta contas à Câmara sobre desabamento no Portão
Representantes da Cosedi participaram da reunião da Comissão de Urbanismo da Câmara de Curitiba. (Foto: Maicon Soares/CMC)
Na madrugada do dia 10 de agosto, à 1h15 daquele sábado, um prédio de sete andares, em construção, no bairro Portão, desabou. Equipes da Coordenadoria de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) da Prefeitura de Curitiba foram ao local assim que o órgão foi avisado, pouco tempo depois do ocorrido. Ainda naquela manhã, a obra já foi interditada e a empreiteira Realmarka Construções foi notificada a apresentar um laudo sobre a integridade da totalidade da obra.
Este foi o relato apresentado à Comissão de Urbanismo, Obras Públicas e TI, nesta quarta-feira (18), pelo coordenador técnico da Cosedi, Marcelo Alexandre Solera, que veio prestar contas das medidas tomadas pelo Executivo à Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Participaram da reunião os vereadores Mauro Bobato (PP), Rodrigo Reis (PL) e Herivelto Oliveira (Cidadania), que fizeram perguntas a Solera sobre a paralisação da obra e o impacto do desabamento na vizinhança.
“Fizemos a vistoria na madrugada do acidente e notificamos o proprietário e o responsável pela obra, determinando que apresentasse laudo técnico, feito por profissional particular, para verificar se as estruturas que restaram lá são seguras, se a obra foi executada conforme as normas. Passados 30 dias, ainda não apresentaram nada, mas é um tempo razoável, em razão da análise. Nossa notificação era do tipo ‘prazo imediato’, ou seja, que o laudo deve ser apresentado o quanto antes”, explicou Solera à Comissão de Urbanismo.
O coordenador técnico explicou que a Cosedi é um setor de fiscalização, por isso “não prestamos assessoramento técnico, nem fazemos laudos e projetos estruturais”. “Nós verificamos a ocorrência de riscos estruturais e, na existência desses indícios, notificamos os proprietários”, reiterou o representante da Prefeitura de Curitiba. Solera indicou que houve a interdição de uma edificação ao lado da obra, por risco estrutural, e que, conforme o laudo apresentado pela Realmarka, pode ocorrer até ordem de demolição dos outros prédios que fazem parte do mesmo empreendimento.
Solera explicou que a interdição permite apenas a realização de medidas corretivas no terreno, para garantir a estabilidade dos prédios restantes daquela construção. “O laudo [que deve apresentado pela construtora] é de toda a obra, não só da parte que caiu. Só vamos liberar quando estiver garantida a segurança”, afirmou. A Comissão de Urbanismo pediu à Cosedi que mantenha a Câmara de Curitiba informada sobre o andamento do caso. O desabamento na madrugada de sábado não teve vítimas.
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