Prefeitura de Curitiba esclarece alterações operacionais na RIT
Em resposta a pedido de informações do vereador Tico Kuzma (PROS) (062.00181.2015), a Prefeitura de Curitiba informou que “não houve desintegração do sistema operacional [do transporte coletivo]. O que ocorreu foi a separação financeira do sistema urbano e do metropolitano”. De acordo com a Urbs, os passageiros que embarcam ou desembarcam em terminais ou estações-tubo da capital continuam usando o serviço sem pagar nova tarifa, que continua a ter valor único na cidade.
Segundo o Executivo, a cidade se esforça em oferecer alternativas para atender aos passageiros metropolitanos. “A Urbs buscou, com reiterados apelos ao governo estadual, manter a situação anterior. Mas a separação financeira foi necessária em função da não renovação, pelo Estado, do convênio que permitia à Urbs gerenciar e fiscalizar o transporte metropolitano. Sem isto, a Urbs fica legalmente impedida de atuar no transporte metropolitano, restringindo sua atuação ao município de Curitiba.”
No entanto, a Urbs reitera que a Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba) realizou alterações operacionais no sistema metropolitano ao reduzir a extensão de algumas linhas. Por isso, foi necessária a extensão de alguns trajetos dos ligeirinhos, para atender usuários e garantir a integração. Um dos exemplos é a linha Colombo/CIC, que passou a ter como fim o Terminal Cabral. No entanto, entrou em operação a linha Cabral/CIC, que complementa o trajeto. Outra alteração é do itinerário do ônibus Barreirinha/São José, que foi dividido entre São José dos Pinhais/Boqueirão, criando assim outras duas linhas: Barreirinha/Guadalupe e Boqueirão/Centro Cívico.
Em relação ao sistema metropolitano, a prefeitura afirma que a Comec decidiu pela redução de trajeto e mudança de nomes nas linhas diretas Araucária/Curitiba, que agora vai até o terminal do Capão Raso; e a linha Campo Largo, que chega somente até o terminal do Campina do Siqueira. O órgão metropolitano também passou a não mais aceitar o cartão transporte da Urbs, cujos recursos seguem automaticamente para o Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC). O cartão exigido para a região metropolitana é o Metrocard.
“O município de Curitiba mantém a firma disposição de garantir a integração operacional do sistema metropolitano em Curitiba, apesar da separação financeira. Tratamos de garantir o equilíbrio econômico-financeiro da RIT que não pode arcar com os custos do transporte metropolitano o que, fatalmente, pesaria para o usuário e comprometeria a oferta do serviço”, finaliza a Urbs, no ofício enviado à Câmara Municipal (313/2015-EM/GTL).
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