Prefeito apresenta balanço dos primeiros 30 dias de gestão

por Assessoria Comunicação publicado 04/02/2013 14h50, última modificação 10/09/2021 11h16
O prefeito Gustavo Fruet participou, nesta segunda-feira (4), da abertura das sessões da 16ª legislatura da Câmara de Curitiba. Junto à vice-prefeita, Mirian Gonçalves, e a diversos secretários, ele fez um balanço dos primeiros 30 dias à frente da administração municipal, cujo diagnóstico completo será apresentado após 100 dias de gestão. Gustavo anunciou R$ 446 milhões em restos a pagar e despesas não empenhadas. “Através da contenção de gastos, estamos trabalhando para evitar que esses valores comprometam o orçamento 2013 e todo nosso mandato”, disse.
 
Segundo Fruet, a equipe de transição trabalhava com um valor próximo de R$ 130 milhões, com a maior parte prevista em orçamento. Já dos R$ 446 milhões, apenas R$ 174,6 milhões foram empenhados pela administração anterior, e as dívidas “ameaçam a continuidade de serviços essenciais”. “Não deixaremos ninguém sem receber”, assegurou. Dentre os problemas detectados, o prefeito apontou o rombo no sistema de transporte coletivo como “uma das mais graves heranças”. Dados preliminares indicam que o valor passe dos R$ 100 milhões. Já o sindicato das empresas do segmento estima R$ 200 milhões e que a tarifa deveria ser de R$ 3,10.
 
“Tudo isso pesará no percentual de reajuste da tarifa. Também estamos aguardando a resposta do governador sobre nosso pedido de manutenção do subsídio, que foi criado em ano eleitoral”, declarou. Ainda foram apresentados problemas em obras, como no Mercado Municipal, na polêmica calçada de granito da avenida Batel e em escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), déficit no Instituto Curitiba de Saúde (ICS), em financiamentos firmados com organismos internacionais e a ausência de previsão orçamentária para se contratar profissionais na educação, saúde e segurança. Quanto à Secretaria Municipal da Saúde, Fruet disse que a principal preocupação nos primeiros dias de gestão foi evitar a “desassistência” e a descontinuidade dos atendimentos.
 
Ele aponta, dentre as situações identificadas, falta de medicamentos e ameaças na prestação de serviços por falta de pagamento (em alguns casos, com dívidas acumuladas durante nove meses em 2012). “Mesmo diante de todos esses desafios, Curitiba não se furtou a atender ao pedido do Ministério da Saúde para enviar profissionais para ajudar as vítimas da tragédia de Santa Maria”, destacou, em relação aos cinco médicos, três enfermeiros e três fisioterapeutas disponibilizados pela administração municipal. Também foram reservados cinco leitos do setor de queimados do Hospital Evangélico.
 
“Importante lembrar que todas essas informações estão sendo repassadas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, para que providências sejam tomadas de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Código Penal”, afirmou. O prefeito anunciou que a Assessoria de Tecnologia da Informação, atualmente na Secretaria Municipal de Administração, será transformada em Secretaria de Informação e Tecnologia, com gestão e governança a cargo da prefeitura.

“Apesar deste cenário, reafirmo a convicção, determinação e entusiasmo para que a cidade avance. Com o apoio do governo federal, compreensão do governo estadual, a comprometida equipe e quadro de servidores e com o indispensável apoio desta Câmara, iremos responder às demandas da sociedade”, disse Gustavo Fruet. O discurso foi acompanhado pelos vereadores e imprensa presentes.