Poluição sonora por apito dos trens será debatida em audiência
"A poluição sonora pelo apito dos trens tem causado muitos transtornos, devido ao aumento da frequência das locomotivas na cidade", justificou Bruno Pessuti, na sessão dessa quarta-feira (11), ao defender a realização de audiência pública sobre o problema. Além dele, assinam o requerimento (407.00029.2019) os vereadores Cristiano Santos (PV) e Serginho do Posto (PSDB). Acatada pelo plenário, a atividade será realizada no dia 3 de outubro, das 14 às 16 horas, no auditório no Anexo II da Câmara Municipal de Curitiba (CMC).
A audiência pública pretende ouvir a empresa Rumo, concessionária da ferrovia Norte-Sul. Também serão convidados para o debate, em busca de soluções para o conflito, representantes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), da Superintendência da Secretaria Municipal de Trânsito, da Urbs, da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente e de outros órgãos estaduais.
“Estamos há alguns anos discutindo [os problemas causados pela linha férrea]. Antes com a ALL, agora com a Rumo”, apontou Serginho do Posto, que citou a compra de mais locomotivas, recentemente. “Agora abrimos um procedimento com o Ministério Público Federal.” Segundo ele, foi aberto um prazo para a empresa apresentar resposta a questionamentos apresentados.
Cristiano Santos, que também assina a proposição do evento, pondera que o apito é uma questão de segurança, conforme regras internacionais, mas ponderou: “Em vários pontos da cidade, está estridente demais”. Em sua avaliação, o principal problema são as passagens de nível irregulares. “Só estando com o maquinista para saber o que eles passam”, complementou, sobre curso realizado na Rumo.
Sugestões
"Temos aqui que tomar providências, para que o Município sinalize as travessias. Enquanto não houver sinalização, é obrigatório o apito", disse Jairo Marcelino (PSD). A CMC confirmou, em outubro do ano passado, a lei municipal 15.343/2018, que desobrigou a Prefeitura de Curitiba a sinalizar as passagens de nível, por meio de placas, cancela automática ou outros dispositivos. Assim, a responsabilidade foi atribuída à concessionária da linha férrea.
Marcelino, que já propôs leis municipais para restringir, no horário noturno, a circulação de trens, também sugeriu que "locomotivas grandes, com muitos vagões", não circulem nos horários de pico. Ele alertou que isso causa problemas à fluidez do trânsito, inclusive para o transporte coletivo, em diversos pontos da cidade.
Julieta Reis (DEM) reforçou que a circulação dos trens no perímetro urbano, em bairros populosos, vem sendo debatida pela Câmara Municipal de Curitiba há anos. O principal transtorno, opinou a parlamentar, "é a transposição, a travessia". Para ela, a solução ideal seria que as locomotivas circulassem no entorno da cidade.
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