Poluição sonora por apito dos trens será debatida em audiência

por Assessoria Comunicação publicado 12/09/2019 15h40, última modificação 10/11/2021 08h23

"A poluição sonora pelo apito dos trens tem causado muitos transtornos, devido ao aumento da frequência das locomotivas na cidade", justificou Bruno Pessuti, na sessão dessa quarta-feira (11), ao defender a realização de audiência pública sobre o problema. Além dele, assinam o requerimento (407.00029.2019) os vereadores Cristiano Santos (PV) e Serginho do Posto (PSDB). Acatada pelo plenário, a atividade será realizada no dia 3 de outubro, das 14 às 16 horas, no auditório no Anexo II da Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

A audiência pública pretende ouvir a empresa Rumo, concessionária da ferrovia Norte-Sul. Também serão convidados para o debate, em busca de soluções para o conflito, representantes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), da Superintendência da Secretaria Municipal de Trânsito, da Urbs, da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente e de outros órgãos estaduais.

“Estamos há alguns anos discutindo [os problemas causados pela linha férrea]. Antes com a ALL, agora com a Rumo”, apontou Serginho do Posto, que citou a compra de mais locomotivas, recentemente. “Agora abrimos um procedimento com o Ministério Público Federal.” Segundo ele, foi aberto um prazo para a empresa apresentar resposta a questionamentos apresentados.

Cristiano Santos, que também assina a proposição do evento, pondera que o apito é uma questão de segurança, conforme regras internacionais, mas ponderou: “Em vários pontos da cidade, está estridente demais”. Em sua avaliação, o principal problema são as passagens de nível irregulares. “Só estando com o maquinista para saber o que eles passam”, complementou, sobre curso realizado na Rumo.

Sugestões
"Temos aqui que tomar providências, para que o Município sinalize as travessias. Enquanto não houver sinalização, é obrigatório o apito", disse Jairo Marcelino (PSD). A CMC confirmou, em outubro do ano passado, a lei municipal 15.343/2018, que desobrigou a Prefeitura de Curitiba a sinalizar as passagens de nível, por meio de placas, cancela automática ou outros dispositivos. Assim, a responsabilidade foi atribuída à concessionária da linha férrea.

Marcelino, que já propôs leis municipais para restringir, no horário noturno, a circulação de trens, também sugeriu que "locomotivas grandes, com muitos vagões", não circulem nos horários de pico. Ele alertou que isso causa problemas à fluidez do trânsito, inclusive para o transporte coletivo, em diversos pontos da cidade.

Julieta Reis (DEM) reforçou que a circulação dos trens no perímetro urbano, em bairros populosos, vem sendo debatida pela Câmara Municipal de Curitiba há anos. O principal transtorno, opinou a parlamentar, "é a transposição, a travessia". Para ela, a solução ideal seria que as locomotivas circulassem no entorno da cidade.