Política de Prevenção ao Câncer de Ovário na pauta de terça
Política de Prevenção ao Câncer de Ovário traz ações para estimular o diagnóstico precoce da doença. (Imagem: Canva)
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) discute, na sessão desta terça-feira (9), a criação da Política de Prevenção e Combate ao Câncer de Ovário. Proposta pela vereadora Maria Leticia (PV), a iniciativa pretende estimular, por meio de campanhas anuais, a realização de exames especializados para a detecção desse tipo de tumor (005.00107.2020).
Também são objetivos da política proposta: a oferta dos exames especializados no SUS da capital; a disponibilização de informações sobre a doença em todas as unidades da rede municipal de saúde e durante a campanha Outubro Rosa; a promoção de assistência multidisciplinar (médico, psicológico e social) às pacientes, por meio do atendimento humanizado; e o fomento do debate sobre o tema junto às organizações não governamentais e a sociedade civil.
Conforme o projeto de lei, as orientações informativas e as campanhas de prevenção sobre o câncer de ovário seriam realizadas pelos canais já disponíveis e utilizados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). É sugerida à pasta a realização de atividades de capacitação voltadas aos profissionais da saúde. “As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias, a serem incluídas na Lei Orçamentária Anual”, completa o texto.
A autora pondera que, embora a campanha Outubro Rosa tenha ampliado os debates para a saúde da mulher, o foco ainda é o câncer de mama, seguido pelo câncer de colo de útero. “Segundo informações do Hospital Erasto Gaertner, o câncer de ovário é o câncer ginecológico de maior letalidade, apesar de ser menos frequente. Isso porque é o mais difícil de ser diagnosticado em estágios iniciais, fazendo com que a mulher receba o diagnóstico já com a doença em estágio avançado, mais difícil de tratar e curar”, alerta Maria Leticia.
Ainda de acordo com dados do Hospital Erasto Gaertner, cerca de ¾ dos tumores malignos já estão em estágio avançado quando são diagnosticados. O exame de papanicolau, acrescenta a vereadora, não detecta o câncer de ovário, segundo tipo mais comum de tumor maligno ginecológico. “Por isso, uma política específica para o câncer de ovário é necessária. A demora na detecção faz com que a doença tenha uma alta taxa de mortalidade, o que deve ser alvo da preocupação e da atenção do poder público”, reforça.
De Mauro Ignácio (DEM), também para a votação em primeiro turno, entra na pauta a proposta de denominação de logradouro não especificado como Lucia Domacoski Lunardon (009.00015.2020). Falecida em junho de 2005, ela é filha de um dos casais pioneiros poloneses na Colônia Santo Inácio, bairro com a qual contribuiu por meio da atuação na paróquia local.
Na terça, em segundo turno, retornam à pauta os projetos acatados na véspera (8), quando os vereadores analisam, em regime de urgência, a aplicação de multa a quem furar a fila da vacina contra o novo coronavírus e a ampliação do programa Refic Covid-19.
Na quarta-feira (10), além da votação de projetos em segundo turno e de outras proposições na segunda parte da ordem do dia, como as indicações ao Executivo, será realizada a Tribuna Livre. Por iniciativa do vereador Mauro Bobato (Pode), a CMC recebe a diretora do Departamento de Logística da Secretaria Municipal da Educação (SME), Maria Cristina Brandalize (076.00002.2021).
As sessões plenárias têm transmissão ao vivo pelos canais da CMC no YouTube, no Facebook e no Twitter. Confira as ordens do dia de segunda, de terça e de quarta-feira.
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