Polícia apresenta resultados de projeto a vereadores

por Assessoria Comunicação publicado 08/06/2010 17h55, última modificação 30/06/2021 07h34
A Comissão de Segurança Pública e Defesa da Cidadania recebeu a Polícia Militar para falar sobre os resultados do projeto Segurança Social, nesta terça-feira (8). O programa une o policiamento com ações em prol da comunidade. Seus coordenadores, capitão Ronaldo de Abreu e professora Margarete Maria Lemes, explicaram aos vereadores como funciona e os resultados obtidos até agora. De acordo com eles, o projeto piloto, instalado na Vila Osternack em novembro de 2008, já mostra resultados positivos em relação à criminalidade. Segundo a PM, em 2008, a média/mês era de dez homicídios. Hoje, a média/mês é de 0,67.
“É um trabalho brilhante que precisa ser melhor divulgado para que a sociedade conheça”, ressaltou o presidente da Comissão, vereador Roberto Aciolli (PV), que sugeriu que o assunto seja debatido em uma Tribuna Livre no plenário da Câmara. “Esta é mais uma das ações que temos na área de prevenção, com um trabalho muito bom”, ressaltou o vereador Pedro Paulo (PT), que teve a iniciativa de convidar os coordenadores para falarem sobre o assunto. Também participaram da reunião os demais integrantes da comissão, vereadores Odilon Volkmann (PSDB) e Tito Zeglin (PDT), além de Algaci Túlio, que está deixando a Câmara para assumir a Secretaria Especial do Paraná para Assuntos da Copa 2014.
Piloto
De acordo com o capitão Ronaldo, o conceito do Segurança Social foi testado inicialmente na Vila Zumbi dos Palmares, vizinha de um condomínio de alto padrão, onde as ocorrências policiais eram frequentes. Entre várias ações do Estado, foi propiciado emprego junto ao condomínio para a comunidade. “Por conta disso, houve uma redução drástica de crimes na região”, ressaltou.
Osternack
Na sequência, com base em dados do Geoprocessamento da Secretaria da Segurança, a vila Osternack recebeu o programa Segurança Social. Inicialmente, foi realizado um planejamento pela PM, seguido do cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão. Os policiais que trabalhariam no projeto foram cadastrados e capacitados e, em seguida, foi realizado um trabalho para unir a comunidade e parceiros, como o comércio, igrejas, maçonaria e universidades. “Segurança não é só um problema de polícia, é também da sociedade organizada e da comunidade que tem que querer ser ajudada. É um programa que busca dotar a população de alternativas salutares de sobrevivência e melhoria de condições de vida”, argumentou o capitão Ronaldo. Hoje, o programa já possui dois embriões na área de emprego. Um é uma cooperativa de costura e outro, uma cooperativa de alimentos que já está produzindo doces para comercialização.
Segurança
Todo este trabalho, segundo os coordenadores, refletiu diretamente na segurança. Os homicídios, que em 2008 estavam em uma média de dez por mês, em 2009 caíram para a média de uma ocorrência ao mês. Em 2008, também foi registrada média de 41 roubos/mês. Já em 2009 foram 14 e, em 2010, seis ao mês. “Tivemos que fortalecer o bem para ele dizer não para o mal”, ponderou a professora Margarete. Ela citou o exemplo de um traficante que foi preso e, após ter cumprido sua pena, não conseguiu retornar à vila, pois a comunidade não o aceitou mais. “É este fortalecimento que garante o resultado que nós temos hoje”, relatou ela.