Plenário rejeita moção de protesto à privatização da Copel

por Fernanda Foggiato | Revisão: Vanusa Paiva — publicado 28/11/2022 11h50, última modificação 28/11/2022 16h03
O requerimento recebeu 14 votos contrários, 7 positivos e 1 abstenção.
Plenário rejeita moção de protesto à privatização da Copel

A votação foi realizada com o registro no painel eletrônico a pedido de Denian Couto. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) rejeitou, durante a sessão desta segunda-feira (28), uma moção de protesto ao projeto que autoriza a venda de ações da Copel, transformando-a numa companhia de capital disperso e sem acionista controlador. A mensagem, de iniciativa do Governo do Paraná, foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado (Alep), na semana passada

Apresentada pelo bloco parlamentar PT-PV, a moção de repúdio foi rejeitada em plenário com 14 votos contrários, 7 positivos e 1 abstenção (413.00011.2022). Se o requerimento fosse aprovado, a decisão seria incluída em ata e também seriam oficiados o presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD), e o governador Ratinho Junior.

“Ao tornar a Copel uma corporação, o governador do Paraná, Ratinho Junior, estará, por meio da privatização, vendendo suas ações, onde o valor arrecadado pode equivaler a apenas os dois últimos anos de lucro da empresa”, cita um trecho da proposição.

O vereador Rodrigo Marcial (Novo) abriu o debate, defendendo o voto contrário. Em sua avaliação, essa é “uma boa medida do nosso governador, que visa modernizar o nosso Estado do Paraná”. Ele argumentou que os serviços no ramo das telecomunicações, por exemplo, evoluíram após a privatização. “A nossa Copel se tornará, aí, sim, dos paranaenses. Caso ela se torne uma empresa privada, não se tornará mais uma possibilidade de cabide de empregos, no caso de um governo que seja ruim.”

“Essa é uma questão de concepção de Estado. E eu defendo o Estado provedor, garantidor dos direitos fundamentais da população”, respondeu a líder do bloco parlamentar PT-PV na Câmara Municipal, Professora Josete (PT). “Nós entendemos a Copel como um patrimônio do povo paranaense. Por mais de 60 anos essa empresa cresceu, essa empresa se tornou referência, essa empresa, inclusive, ampliou seus serviços.”

Líder da base, Pier Petruzziello (PP) justificou o voto contrário à moção, citando que o debate coube à Alep. “A gente só ficou sabendo pela imprensa. É impossível votar [contra] um projeto, sim ou não, se você não leu o projeto”, declarou. A votação foi realizada com o registro no painel eletrônico a pedido de Denian Couto (Pode). 

As sessões plenárias começam às 9 horas com transmissão ao vivo pelos canais da Câmara de Curitiba no YouTube, no Facebook e no Twitter.