Plenário já pode votar obrigação de terceirizadas contratarem PcDs

por Assessoria Comunicação publicado 19/06/2019 09h10, última modificação 08/11/2021 09h06
*Atualizada às 13h10 para incluir o resultado da Comissão de Saúde, realizada após a sessão plenária.

Nesta quarta-feira (19), com o aval da Comissão de Acessibilidade, já está apto para a votação em plenário, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), o projeto que obriga as empresas terceirizadas do poder público a comprovarem que cumprem a Lei de Cotas em relação às pessoas com deficiência (PcDs). Em reunião presidida por Pier Petruzziello (PTB), o parecer favorável (005.00085.2018) de Edson do Parolin (PSDB) foi apoiado por Rogério Campos (PSC) e Bruno Pessuti (PSD).

Segundo a Lei de Cotas (lei federal 8.213/1991), empresas com mais de 100 funcionários devem empregar um número mínimo de pessoas com deficiência. Para aquelas com 100 a 200 empregados, por exemplo, é de 2%. De 201 a 500 empregados, 3%, e para a empresas com mais de 1.000 empregados o mínimo é de 5%. O projeto é do vereador licenciado Felipe Braga Côrtes (PSD) e foi protocolada na CMC um ano atrás.

O projeto de lei estabelece que “nos editais de licitações para compra de bens, contratação de obras ou para prestação de serviços, a contratada deverá demonstrar documentalmente o preenchimento do percentual mínimo dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou de pessoas com deficiência, nos moldes do artigo 93 da lei federal 8.213/1991”.

A lei federal 13.146/2015 considera PcD a pessoa que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Esta lei garante que “a pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, a condições justas e favoráveis de trabalho, incluindo igual remuneração por trabalho de igual valor”.

Ao final da reunião, Bruno Pessuti e Edson do Parolin recomendaram que, no segundo semestre, a Comissão de Acessibilidade faça diligências para fiscalizar o funcionamento, em Curitiba, das casas de apoio às pessoas com deficiência e aos idosos. “Aumentou muito, neste ano, o número de casas para a terceira idade”, refletiu Edson, sobre a abertura de pelo menos quatro espaços deste no Parolin em 2019.

Comissão de Saúde
Segue para análise das comissões de Urbanismo e de Serviço Público o projeto do vereador Mestre Pop (PSC) que pede a reserva de pelo menos uma vaga de estacionamento no entorno de farmácias, drogarias e demais estabelecimentos congêneres para os seus clientes. Em reunião nesta quarta (19), a Comissão de Saúde deu parecer favorável à proposição (005.00157.2018).

Houve debate sobre a matéria na reunião, presidida pelo Dr. Wolmir Aguiar (PSC). O relator Ezequias Barros (Patriota), mesmo com posicionamento contrário ao teor da matéria, entendeu que, na análise de mérito relativa à Comissão de Saúde, autorizar a tramitação seria o mais adequado. Noemia Rocha (MDB) concordou, acrescentando que a proposta deveria ter parado na Comissão de Constituição e Justiça. Oscalino do Povo (Pode) votou com o relator.

Na reunião, a documentação relacionada a quatro pedidos por declarações de utilidade pública foi considerada suficiente pelos vereadores – APMF do Colégio Estadual Inêz Vicente Borocz (014.00007.2019), Instituto de Resgate de Vida e Valores (014.00011.2019), Associação Tempo de Milagres (014.00014.2019) e Associação Espaço Infantil Criança Feliz (014.00015.2019). No caso da APMF do Colégio Estadual Santa Rosa foi solicitada anexação de comprovantes adicionais (014.00037.2018).