Plenário debate mobilidade urbana

por Assessoria Comunicação publicado 04/06/2012 18h55, última modificação 02/09/2021 09h46
A situação do transporte coletivo e da mobilidade urbana foram temas de debates na sessão plenária desta segunda-feira (4). De acordo com o líder da oposição, Jonny Stica (PT), o número de usuários dos coletivos tem caído anualmente e isso se deve a três razões: alto preço das passagens, pouco conforto oferecido aos passageiros e deslocamentos muito demorados. Os problemas, de acordo com o vereador, refletem a falta de concorrência entre as empresas que operam o sistema. Ainda segundo Stica, a cidade carece de uma política que coloque o transporte coletivo como prioridade. Ele acredita que ações como a construção de vias exclusivas (canaletas) para os Ligeirinhos, ou a destinação de faixas preferenciais para os ônibus, poderiam desafogar o sistema. “Curitiba não é mais referência em mobilidade, pois deixamos de ser inovadores”, assinalou.
Já na avaliação do líder interino do governo, Serginho do Posto (PSDB), as críticas estavam fora de contexto. “O governo federal executa uma política econômica que favorece a compra de carros, através da redução de juros. Isso gera uma concorrência desleal com o transporte coletivo. O que deveria ser reduzido são os impostos que incidem sobre este modal, barateando o preço da passagem”. O vereador acredita que a cidade avançou com a implantação do novo Ligeirão e com sistemas modernos de gerenciamento de tráfego.
Na mesma linha posicionou-se o primeiro-secretário, Celso Torquato (PSD), que relacionou a pouca colaboração federal com a queda do número de passageiros nos ônibus. “De fato há necessidade de melhorias no sistema como um todo. Por esta razão, defendo a implantação do metrô. Com serviço de estacionamento disponível ao cidadão, e bicicletas para locação, como acontece em países da Europa, pode funcionar muito bem”, sugeriu. Torquato considera que falta planejamento à administração pública brasileira. “Os governos definem metas para os próximos quatro ou oito anos, mas precisamos de um planejamento de longo prazo”, finalizou.