Plenário aprova sugestão de implantação de crematório municipal

por Assessoria Comunicação publicado 14/05/2018 13h35, última modificação 27/10/2021 07h01

A Câmara de Curitiba aprovou, nesta segunda-feira (14), indicação de sugestão à prefeitura pela implantação de um crematório municipal na região Sul da cidade (201.00042.2018). De acordo com a autora do requerimento, Maria Leticia Fagundes (PV), o equipamento poderia ser instalado no novo cemitério municipal que está sendo construído no bairro Umbará ou em outro espaço municipal.

Originalmente, a sugestão de Maria Leticia tramitava no Legislativo como um projeto de lei que determinava a implantação do crematório municipal (005.00200.2017), que foi arquivado hoje, a pedido da própria vereadora (072.00078.2018). A proposta sugeria a alteração da lei municipal 6.419/1983, que institui a prática de cremação de cadáveres e incineração de restos mortais no município. Para ela, a ideia teria importância suficiente para ser apreciada em plenário como projeto, mas na impossibilidade – a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) apontou vício de iniciativa –, foi apresentada a sugestão.

De acordo com a justificativa do requerimento, Curitiba está com a capacidade de espaço físico dos cemitérios “totalmente esgotada e o problema só se agrava com o passar dos anos”. “A prefeitura já iniciou as obras do Cemitério Municipal Zona Sul, com uma área de 44,5 mil m², porém este novo cemitério não resolve o problema, pois Curitiba não tem um cemitério novo desde 1957, quando foi inaugurado o do Santa Cândida”, aponta Maria Leticia Fagundes, argumentando que, na época, a capital tinha pouco mais de 360 mil habitantes. Hoje, possui quase 2 milhões.

Para a vereadora, o custo de manutenção de um cemitério é muito maior do que o empregado em cremações. “Observa-se que não somente em Curitiba, mas no Brasil e no mundo, face aos problemas ambientais que se acentuam como a escassez de áreas adequadas para as necrópoles, há uma tendência mundial de retomada e popularização da cremação dos mortos. Lembrando que a cremação será opcional e dependerá da vontade do falecido ou de seus familiares, respeitando-se assim o credo e a vontade do indivíduo”, completa a justificativa da sugestão ao Executivo.

Bruno Pessuti (PSD) comentou as vantagens da medida, se implantada. Para o vereador, é necessário “fazer ver os benefícios às famílias que desejam fazer a cremação de seus entes queridos, mas também os benefícios para a municipalidade”. “A cidade poderia economizar muitos recursos”, complementou. Oscalino do Povo (Pode) ressaltou que hoje existem até crematórios para animais. Na mesma linha, Fabiane Rosa (PSDC) informou que estuda o protocolo de um projeto semelhante, pois Curitiba tem enfrentado problemas com a destinação de corpos de animais. “A prefeitura não faz mais o recolhimento e as pessoas estão jogando os animais nos rios”, disse.