A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, na sessão plenária desta segunda-feira (11), uma homenagem póstuma da cidade ao médico e fundador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da capital, Matheos Chomatas. Falecido em dezembro de 2020, ele irá denominar um dos logradouros públicos da capital paranaense. A proposta de lei recebeu 24 votos favoráveis e uma única abstenção, em primeiro turno. 

Natural de São Paulo (SP), Matheos Chomatas formou-se em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná, em 1983. Era especialista em Ginecologia e Obstetrícia, em Saúde Coletiva, e mestre em Gestão e Inovação em Saúde. Era médico de carreira da Secretaria Municipal de Saúde, professor e coordenador de Medicina Geral e Saúde Coletiva da Faculdade Evangélica Mackenzie Paraná. 

Autor da homenagem (009.00028.2020), Ezequias Barros (PMB) relembrou a trajetória do servidor público, que faleceu aos 60 anos e que tinha 37 anos de carreira na Medicina. Ele era casado com a também médica Eliane Regina da Veiga Chomatas e deixou os filhos Jaqueline Chomatas e Guilherme Chomatas. “Matheos deixou um legado importante na Saúde pública. Ele foi responsável pela implantação do SAMU na capital paranaense e desempenhou funções importantes na Secretaria Municipal da Saúde”, disse. 

"Sempre atuante e preocupado em dar respostas rápidas aos usuários. Atendia a todos, não tinha hora ou dia da semana. Representava a SMS no Comitê de Justiça, atuando junto à Procuradoria do Município, [e sendo] ouvido por juízes e promotores de Justiça pelo seu saber e profundo conhecimento do SUS [Sistema Único de Saúde]”, completou Ezequias Barros, ao cumprimentar o filho do homenageado, Guilherme Chomatas, que esteve em plenário acompanhando a votação. 

Além do autor, outros parlamentares se manifestaram em plenário, destacando a história de Matheus Chomatas e sua relação com Curitiba. “Ele deixou um legado realmente muito importante para cidade de Curitiba. […] Era, sem dúvida, uma referência para o nosso município e fez várias parcerias com o Hospital Evangélico. Não é uma pessoa qualquer que estamos homenageando, ele tem uma história com Curitiba e, infelizmente, nos deixou precocemente”, afirmou Pier Petruzziello (PP).

Para Tico Kuzma (PSD), Chomatas foi um médico que “fez a diferença pela Saúde de Curitiba”. “Quis o destino que ele estivesse como diretor técnico do SAMU quando veio a falecer. Sabemos desta dedicação dele a toda à Saúde, mas principalmente este carinho, este amor que ele tinha pelo SAMU”, emendou. “Ele fica na memória da cidade como um grande homem, principalmente ligado às questões da Saúde pública”, complementou Maria Leticia (PV), médica e amiga do homenageado. 

Conforme Rodrigo Reis (União), que também declarou apoio à homenagem póstuma, o médico deixou um legado. “É um exemplo de pessoa que se dedica ao próximo. Ficamos felizes com a homenagem. Ele merece muito mais. Ele merece que alguma coisa importante da cidade seja nomeada com seu nome”, declarou. Sua posição favorável também foi seguida pelos vereadores, Bruno Pessuti (Pode), Mauro Ignácio (União), Sidnei Toaldo (PRD) e Serginho do Posto (União). 

“O médico é aquela profissão que não olha quem está chegando, olha o que pode fazer. E queremos homenagear a lembrança de alguém que realmente fez a diferença pela cidade. […] Vamos deixar marcado, na história da cidade, o trabalho de um homem dedicado, que gastou sua vida de uma forma tão cuidadosa, tão dedicada à vida das pessoas”, finalizou o autor da proposta de lei, Ezequias Barros. 

Com a aprovação da denominação de logradouro público em primeiro turno, o texto precisa retornar à pauta da sessão plenária de amanhã (12), em segunda votação. Sendo confirmada, será enviada ao prefeito Rafael Greca, para sanção.