Plenário analisa criação do Estatuto da Juventude

por Assessoria Comunicação publicado 16/11/2012 18h35, última modificação 09/09/2021 10h15
Curitiba pode ganhar um Estatuto da Juventude, para a normatização de medidas e ações voltadas aos moradores da cidade com idade entre 15 e 29 anos. A matéria, de iniciativa do vereador Pedro Paulo (PT), terá o primeiro debate na próxima terça-feira (20). O texto compreende, além de deveres, direitos dos jovens quanto à dignidade, ao trabalho, à educação, à saúde, à sexualidade, à cultura, à recreação, à integração e reinserção social, à participação social e política, à informação, ao meio ambiente equilibrado e à prestação de serviço social voluntário.
De acordo com o projeto, organizações representativas dos jovens serão declaradas de utilidade pública municipal, para fazer jus aos incentivos determinados pela lei, e ouvidas na elaboração e execução de plano estratégico para o desenvolvimento integral da juventude. O documento cabe ao Conselho Municipal da Juventude, regulamentado por meio de norma de 2004, junto às associações, especialistas, instituições de ensino, ONGs, igrejas e demais segmentos.
A proposta prevê, dentre outros itens, esforços do Executivo municipal para promover ações de qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho; a emissão, sem custo, da carteira estudantil; acesso gratuito à internet; bolsas de incentivo à iniciação científica e artística; pré-vestibulares voltados à preparação de negros e pardos, e creche para os filhos das jovens mães. “O olhar da sociedade sobre essa juventude ainda é carregado de mitos e preconceitos. Se não nos despirmos deste modo de olhar pouca mudança será possível. É hora de entender melhor e ouvir que os próprios jovens querem e pensam sobre seu futuro, para que possamos construir um referencial de sociedade”, diz Pedro Paulo. “Políticas públicas para a juventude é uma política em construção que parte de mobilização nacional.”
Também entra na pauta, na terça, a mensagem do Executivo que altera itens da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada pela Casa no primeiro semestre, e do projeto que veta a produção, fornecimento e venda de mamadeiras e brinquedos infantis compostos por elementos plásticos que liberem o poluente orgânico persistente Bisfenol A (BPA). A substância, além de cancerígena, atua como desregulador hormonal. A iniciativa é do vereador Aladim Luciano (PV).
Poluentes e ruídos
Já na quarta (21), os vereadores dão início à análise da proposição que dispõe sobre a inspeção obrigatória da emissão de poluentes e ruídos nos veículos de transporte da capital. A matéria, de autoria do vereador Jair Cézar (PSDB), teria regulamentação por decreto do Executivo, em até 60 dias após a eventual publicação da lei, e as despesas sob a responsabilidade dos permissionários dos serviços públicos, com o recolhimento de taxa de inspeção.
As inspeções periódicas, realizadas conforme critérios do Código de Trânsito Brasileiro (CBT) e de resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), abrangeriam os veículos autorizados a operar no sistema de transporte urbano, coletivo, individual e de fretamento em todas as suas modalidades, inclusive escolar, funerária, táxi e frota da administração pública municipal, direta ou indireta, própria ou locada. Os veículos reprovados na análise podem ser impedidos de operar, sob pena de apreensão.