Planos de carreira: presidente e líderes fazem coletiva de imprensa na CMC
Presidente da CMC, Marcelo Fachinello fala à imprensa antes da sessão plenária. (Fotos: Rodrigo Fonseca/CMC)
Nesta segunda-feira (21), às 8h30, antes do início da sessão plenária, o presidente da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), Marcelo Fachinello (Pode), e as lideranças do governo, Tico Kuzma (PSD), e da oposição, Giorgia Prates - Mandata Preta (PT), receberam jornalistas de 21 veículos de imprensa da capital, entre tevês, rádios e jornais, incluindo assessorias de comunicação dos sindicatos do funcionalismo. A medida é inédita na CMC e amplia a transparência sobre a votação de projetos de lei.
“A Câmara usualmente já pega menos dinheiro do que poderia conforme a lei, e agora abriremos mão de ainda mais recursos no ano que vem, R$ 30 milhões, para oferecer a possibilidade de os servidores terem crescimento já, de uma ‘letra’ [2,8%], como a gente fala, algo efetivo para todos os servidores, de forma uniforme. As mudanças [dos substitutivos] vão impactar em R$ 500 milhões a folha de pagamento [da Prefeitura], então, com certeza, o nosso esforço ajudou a viabilizar as conquistas para os servidores”, disse Fachinello à imprensa.
“Nos últimos dois meses, nós recebemos todas as categorias, botamos elas em contato com os vereadores, realizamos audiências públicas e reuniões com os sindicatos. Mediamos o contato com o Executivo, levando essas demandas, e muitas coisas evoluíram, ainda que outras não, também em razão do trabalho dos vereadores, de situação e de oposição, que conseguiram conversar”, continuou Fachinello. Questionado sobre novas emendas aos substitutivos, o presidente da CMC disse que a instituição é democrática e que se trata de “base e oposição entrarem em entendimento durante o processo de discussão”.
“Temos que lembrar de 2017, quando a gestão do prefeito Rafael Greca assumiu, com R$ 1,2 bilhão de dívida, e o nosso orçamento estava em déficit”, disse Tico Kuzma à imprensa, contextualizando a suspensão dos planos de carreira. “Hoje, poderemos comemorar que Curitiba cumpriu a sua responsabilidade fiscal, recebe prêmios e é exemplo para outras cidades do país. [Os novos planos] não visam o curto prazo, igual aconteceu na gestão anterior [do ex-prefeito Gustavo Fruet], mas buscam a sustentabilidade financeira, para que as gestões que chegarem possam cumprir aquilo que foi colocado. Por isso, chegamos ao limite dos gastos com pessoal autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de 48%, deixando apenas uma margem para novas contratações”, afirmou.
À imprensa, Giorgia Prates queixou-se do protocolo de substitutivos gerais minutos antes do início da sessão, e adiantou que pediria o adiamento da votação para que a oposição pudesse apresentar emendas às propostas. “A gente tem que se preocupar com protocolos de última hora, que vão afetar a vida de 25 mil servidores. Uma palavra ali pode tanto facilitar, quanto dificultar. O certo é adiar para ter uma discussão maior”, defendeu a líder da oposição.
>> Conheça os substitutivos em discussão na CMC, clicando nos links abaixo:
Plano de Carreira para os servidores integrantes do cargo de Auditor Fiscal de Tributos Municipais
Plano de Carreira para os servidores integrantes do cargo de Procurador do Município
Plano de Carreira para os servidores integrantes do cargo de Professor de Educação Infantil
Plano de Carreira para os servidores integrantes do cargo de Profissional do Magistério
Plano de Carreira para os servidores integrantes do cargo de Guarda Municipal
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