O incentivo aos telhados verdes, às paredes verdes (jardins verticais) e à agricultura urbana na cobertura das edificações serão diretrizes do Plano Diretor de Curitiba. Aprovadas na sessão desta terça-feira (6) da Câmara de Vereadores, com unanimidade, as emendas alteram o artigo 46 do projeto de lei, referente à política municipal de meio ambiente (005.00047.2015).

Professor Galdino (PSDB) apresentou a proposição que trata da promoção dos telhados verdes, sistemas de cobertura de edificações nos quais é plantada vegetação (032.00014.2015). Ele é autor de uma proposta de lei sobre o tema, que obrigaria sua construção em prédios com mais de três andares (005.00006.2013). A matéria já tramitou pelas comissões e está pronta para a inclusão na ordem do dia.

“O telhado verde ou ecotelhado é uma técnica de arquitetura que consiste na aplicação e uso de solo ou substrato e vegetação sobre uma camada impermeável, que geralmente pode ser instalada tanto na cobertura de edifícios quanto sobre telhados convencionais, como o de telha, cerâmica e fibrocimento”, explicou. Os principais benefícios, disse o vereador, são a compensação parcial da área impermeável ocupada no térreo, a facilitação da drenagem, com isolamento térmico e acústico, e a produção de um diferencial estético e ambiental.

O incentivo à agricultura urbana na cobertura das edificações também é de iniciativa de Galdino (032.00015.2015). A ideia, explicou ele, é agregar essa temática aos telhados verdes. Já a construção das paredes verdes nos edifícios públicos e privados, como forma de compensação ambiental, é tema da emenda (032.00050.2015) do vereador Helio Wirbiski (PPS). “Também chamadas de jardins verticais, elas são uma prática paisagística em paredes externas e internas. O uso da vegetação é uma das opções para que as construções se tornem menos agressivas ao meio ambiente, amenizando a radiação solar, graças ao sombreamento dos galhos e folhas, e descontaminando o ar”, justificou.

Wirbiski defendeu outras vantagens das paredes verdes, como o embelezamento e a valorização dos edifícios, o isolamento térmico, a redução de gastos energéticos, a redução de ruídos externos, a proteção da fachada, o auxílio à retenção da água da chuva, a baixa manutenção e a contribuição ao aumento da biodiversidade, por atrair pássaros e borboletas, entre outros animais.

Tração animal
Outra emenda (035.00040.2015) aprovada, do Professor Galdino, ajusta o Plano Diretor ao projeto de lei que proíbe na cidade a circulação de veículos movidos a tração animal, como carroças e charretes, recentemente aprovado na Câmara de Curitiba (leia mais). A proposição altera o artigo 42, que trata das diretrizes para a política municipal de transporte de cargas.

Para saber mais sobre a revisão do Plano Diretor, acesse o hotsite.

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