Plano de Recuperação possibilitou retomada da Oficina de Música, diz secretário
“Com muita determinação e apoio incondicional do prefeito, nós não só recolocamos a Oficina de Música no calendário, como buscamos um conjunto de patrocinadores que garantiu o sucesso que vocês estão vendo hoje”, disse o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcelo Cattani. Ele, que acumula o cargo de secretário municipal de Comunicação, esteve na Tribuna Livre da Câmara de Curitiba desta quarta-feira (7), a convite de Goura (PDT), para falar da 35ª edição da Oficina de Música, que termina nesta semana, e outros assuntos pertinentes à produção cultural da cidade.
Segundo o gestor público, a Oficina de Música não foi realizada no ano passado em função da situação econômica do município naquele momento. “Havia um grave desequilíbrio orçamentário”, disse. Cattani explicou, ainda, que “o ajuste fiscal [o chamado Plano de Recuperação proposto pela Prefeitura de Curitiba em 2017 e aprovado pela Câmara Municipal] vai possibilitar uma retomada com força das atividades do Fundo Municipal de Cultura. Por exemplo, em maio, teremos a entrega do Cine Passeio, na rua Riachuelo”.
“Ao contrário do que diz o senso comum, a arte não é uma excrescência ornamental da sociedade, disse Paulo Leminski na época em que foi realizada a primeira edição da oficina, em 1983”, salientou Goura. No entendimento do vereador, as pessoas devem ser tocadas pela beleza das manifestações artísticas para se sentirem parte da sociedade. Para ele, é importante que o Poder Público incentive a ocupação de espaços públicos pelos músicos, como é o caso do projeto “Domingo de Bolso” - de ocupação cultural da Praça de Bolso do Ciclista – e que haja uma legislação que ampare os músicos de rua.
José Roberto Lanza, diretor de Ação Cultural da Fundação Cultural, exibiu algumas imagens da Oficina de Música e comentou que o Projeto Musicar sinaliza a perspectiva que a Fundação Cultural tem em relação ao futuro. Três especialistas foram convidados para dirigir as curadorias da Oficina: Rodolfo Richter, na música antiga; maestro Abel Rocha, música erudita; e João Egashira, música popular. “Além dessas curadorias, há os módulos de inovação”, lembrou. “Em 2018, enfrentamos o desafio de encontrar parceiros para o custeio da Oficina”, ponderou o convidado.
Ainda conforme Lanza, além da grande movimentação econômica, há o aspecto intangível do evento: “a arte faz a vida ter sentido e isso não pode ser expresso em números, mas a imagem das crianças do projeto Musicar fala por si”. José Roberto Lanza destacou que 2018 começou num ritmo muito acelerado para a FCC, principalmente em virtude da Oficina de Música, que foi ampliada mas manteve seu padrão de qualidade. Segundo o diretor, foram lançados 10 editais do Fundo Municipal de Cultura.
Participaram do debate os vereadores: Julieta Reis (DEM), Pier Petruzziello (PTB), Noemia Rocha (PMDB); Professor Euler (PSD); Ezequias Barros (PRP); Maria Manfron (PP); Helio Wirbiski (PPS); Thiago Ferro (PSDB) Jairo Marcelino (PSD); Marcos Vieira (PDT); Fabiane Rosa (PSDC); Osias Moraes (PRB); Geovane Fernandes (PTB); Bruno Pessuti (PSD); Tico Kuzma (Pros) e Tito Zeglin (PDT). Também estiveram presentes na sessão plenária, o diretor executivo do Instituto Curitiba Arte e Cultura (ICAC), Marino Galvão Júnior; e a coordenadora de Música da Fundação Cultural e do ICAC, Janete Andrade.
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