Pesquisa pode servir para criação de políticas públicas

por Assessoria Comunicação publicado 21/12/2012 16h40, última modificação 10/09/2021 08h36
Os vereadores da Câmara de Curitiba participaram, nessas últimas semanas, de pesquisa científica sobre a relação do Poder Legislativo com a atividade empresarial. Os parlamentares responderam um questionário com 51 perguntas, que também foi aplicado em outra cidade do Mato Grosso, conhecida por apresentar altas taxas de desmatamento. Ao comparar um município que ostenta reconhecimento internacional na área da sustentabilidade, com outro de características opostas, os acadêmicos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) buscam entender qual a contribuição dos vereadores para a obtenção de resultados tão díspares.
Membros da pós-graduação em Administração da PUC-PR, eles trabalham com a hipótese que as câmaras municipais têm influencia objetiva na regulação das atividades econômicas, por meio da aprovação de leis que incentivem práticas sustentáveis nas empresas. Nesse cenário, o processo decisório dependeria da disposição pessoal de cada político para com o tema: mais ou menos liberal, mais ou menos a favor da intervenção do poder público na economia, etc.  “Com essa pesquisa, desejamos verificar o entendimento dos vereadores e futuros gestores quanto à percepção deles com relação à regulamentação das atividades” explica Luiz Gustavo Nasser Vieira, parte da equipe.
O resultado da pesquisa subsidiará artigos científicos sobre o tema, além da dissertação dos envolvidos. Vieira, por exemplo, cogita aprofundar-se no assunto, desdobrando a investigação científica num futuro doutorado.  O mestrando adianta que a avaliação do papel dos vereadores no incentivo a práticas sustentáveis, conectadas com a atividade econômica, será entregue nas câmaras municipais após a conclusão do trabalho. “Essa é uma maneira de contribuirmos com o trabalho parlamentar, no sentido de dar subsídio para a criação de política públicas voltadas ao incentivo de práticas sustentáveis no dia a dia”, afirma Vieira.