Pedidas soluções para rodovias que cortam trechos urbanos

por Assessoria Comunicação publicado 14/05/2012 18h25, última modificação 02/09/2021 08h08
Nas sessão plenária desta segunda-feira (14), o vereador Serginho do Posto (PSDB) utilizou a tribuna para reivindicar melhorias no trecho urbano da BR- 277, administrado pela concessionária Ecovia. “Hoje mesmo, pela manhã, tivemos dois acidentes na região do Alto Cajuru, o que tem se tornado uma rotina”, lamenta. De acordo com o líder interino do prefeito, desde 2006 foram feitas várias solicitações de melhorias à Ecovia, porém nunca com sucesso. “Esta demanda está nas mãos do Ministério Público. Já fizemos nove audiências com os promotores, pedindo obras e adequações que consideramos necessárias, como iluminação pública, drenagem em alguns trechos, identificação dos acessos aos bairros e agulhas de acesso”. O parlamentar diz não entender o porquê de tanta demora por parte da empresa, e questiona o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), por nunca ter autuado a Ecovia.
Ainda de acordo Serginho, há necessidade de mais passarelas sobre a rodovia, para garantir a segurança e o conforto aos usuários. “A lei municipal do transporte coletivo determina que ninguém pode andar mais de 500 metros para chegar a um ponto de ônibus. Quem reside no Moradias Marumbi, por exemplo, está tendo seu direito desrespeitado, pois ali falta uma passarela. Aquele que depende do transporte coletivo precisa cruzar a rodovia quando volta pra casa, sendo que o veículo para somente do outro lado da pista”, explica.
Problemas
Outros parlamentares demostraram preocupação com rodovias administradas por concessionárias, que cortam trechos urbanos da cidade. Para Julieta Reis (DEM), o problema já rendeu muitos acidentes, inclusive fatais. “Tivemos aquele atropelamento de um torcedor do Atlético, próximo ao Ecoestádio. Nada paga a vida de uma pessoa. Portanto, as empresas devem garantir a segurança dos usuários”, argumenta. A vereadora relata, ainda, problemas na região do Parque Peladeiro, no Cajuru. “Eu tive dificuldades com uma emenda parlamentar, pois a prefeitura não foi autorizada a pavimentar uma rua nesta localidade. O DER afirma que a área é de responsabilidade da Ecovia e a empresa devolve a atribuição ao Departamento. Esta é uma situação crítica e nós temos que nos empenhar em resolvê-la”.
Já Pedro Paulo (PT) considera que a falta de segurança não é o único problema destas estradas. “A tarifa é exagerada. Precisamos de um olhar específico dos órgão de controle, para que fiscalizem as contrapartidas”, orienta. O líder do PT acrescenta que, a pedido da então senadora e atual ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, os seis contratos de pedágio vigentes no Paraná estão sendo auditados pelo Tribunal de Contas da União.