Pastor Gilso tem projeto contra cigarro e álcool

por Assessoria Comunicação publicado 08/10/2007 19h05, última modificação 17/06/2021 11h00
Projeto apresentado pelo vereador Pastor Gilso de Freitas (PSDB) dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos de ensino do município afixarem em local visível, com destaque, os malefícios do cigarro, drogas e bebidas alcoólicas. A proposta, segundo o parlamentar, aguarda para entrar na pauta de votação da Câmara de Curitiba.  “Realizada pela equipe da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de SP, pesquisa mostra que 20,8% da população brasileira é dependente de tabaco e a experiência com o cigarro começa aos 13,5 anos”, lembra Pastor Gilso. Entre os jovens que hoje têm de 14 a 17 anos, o percentual de dependência é de 6%. E, nesse grupo, as meninas estão experimentando tanto ou mais que os meninos.
"É preocupante porque dois terços deles seguirão fumantes pelo resto da vida e terão doenças decorrentes do cigarro. E as mulheres são mais sensíveis aos problemas causados pelo cigarro", diz a psiquiatra Ana Cecília Marques, uma das autoras do estudo. Mais de 75% dos jovens não precisam mostrar identidade para comprar cigarro, segundo estudo sobre tabagismo feito periodicamente pelo Ministério da Saúde em escolas de capitais brasileiras.
Bebidas
“Tudo começa com um gole. Às vezes, a pessoa nem gosta da bebida, mas cede por estar na companhia de amigos. De repente, nota que, ao tomar a segunda dose, o mundo parece mais alegre e continua a seqüência de copos, misturando bebidas e, na maioria das vezes, transformando em um hábito diário. Assim começa o alcoolismo, uma doença grave, incurável, irreversível”, diz o vereador.
Essa realidade é enfrentada por famílias em todo o mundo e tem aumentado, principalmente entre os jovens. De acordo com o ‘‘Primeiro Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira’’, divulgado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), as bebidas alcoólicas são as substâncias psicotrópicas mais utilizadas pelos adolescentes. Cerca de 24% bebem pelo menos uma vez ao mês.
A pesquisa mostra que 13,9% dos jovens começaram a beber na faixa etária entre 14 e 17 anos. No Brasil, o consumo de bebidas alcoólicas só é legalmente permitido após os 18 anos de idade, mas é comum ver adolescentes comprando uma lata de cerveja, por exemplo, sem empecilho algum. “Para complicar ainda mais a situação, a maior parte das festas direcionadas a esse público tem patrocínio de marcas de cerveja e bebidas ‘ice’, gerando o incentivo. Nessa fase da vida, o álcool parece um meio de integração e uma forma de mostrar autonomia pessoal, o que pode desencadear problemas futuros e, inclusive, aumentar o risco de suicídios, homicídios e acidentes”, acrescenta Pastor Gilso.
“O objetivo da apresentação deste projeto é conscientizar as crianças e adolescentes, principalmente os jovens, sobre os males provocados pelo consumo de drogas, bebidas alcoólicas e cigarro, para que não sofram mais tarde com estes vícios que acabam com famílias”, conclui o vereador.