Participantes de seminário conhecem sistema de água

por Assessoria Comunicação publicado 30/11/2006 18h15, última modificação 14/06/2021 10h34
“O sistema de aproveitamento e reaproveitamento da água é necessário e ecologicamente correto”, afirmou o engenheiro Waldemir Kürten, em sua palestra “Reaproveitamento da água: um exemplo prático”, nesta quinta-feira (29), no Seminário Águas Urbanas, na Câmara de Curitiba. Kürten explicou os mecanismos que permitem aproveitar a água da chuva, reaproveitamento externo, e a do chuveiro, interno.
Segundo o engenheiro, o sistema de reaproveitamento externo é chamado de seletor de água pluvial. “São colocadas calhas nos beirais das casas para captação da água da chuva. A água captada passa pelo filtro universal, que remove as sujeiras, folhas, etc, e promove a purificação e o tratamento, com pastilha de cloro. Em seguida, vai para uma cisterna, onde fica armazenada, e depois para caixa d’água”, explicou, acrescentando que “esse sistema, de simples uso e fácil manutenção, permite a substituição total da água da rede”.
Kapágua
O outro sistema, de reaproveitamento interno da água, chamado Kapágua, foi criado pelo professor Luiz Campestrini. “O equipamento é instalado no banheiro. A água do chuveiro é captada e reutilizada na descarga do vaso sanitário”, contou Kürten. “Uma família com quatro pessoas consome em média 1m³ de água diariamente, ou seja, em 30 dias serão 30m³. Com o Kapágua esta família passará a gastar no máximo 25 litros por pessoa, o que eqüivale a 10% do consumo ou, ainda, a 3m³ ao mês”, exemplificou.
Viabilidade
Os participantes do seminário puderam ver na prática como funciona os dois sistemas. A convite do palestrante, visitaram uma casa no bairro Xaxim, que foi construída com os equipamentos. De acordo com o engenheiro, a viabilidade do sistema é indiscutível. “Na casa foram instalados quatro filtros, três seletores, três reservatórios no banheiro, além de calhas para captação e a cisterna. O custo total, incluída a mão-de-obra, foi de R$ 5.800,00” afirmou, acrescentando que “o valor é recuperado em aproximadamente cinco anos”, período curto levando-se em conta o benefício perene.