Parlamentares defendem feriado pelo Dia da Consciência Negra

por Assessoria Comunicação publicado 18/02/2013 15h10, última modificação 10/09/2021 11h41

O líder do PSC, Mestre Pop, utilizou pela primeira vez a tribuna, na sessão desta segunda-feira (18), e recebeu o apoio de diversos vereadores na defesa do feriado municipal pelo Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. Promulgada em janeiro pelo presidente da Casa, Paulo Salamuni (PV), a lei é alvo de ação direta de inconstitucionalidade (Adin), apresentada pela Associação Comercial do Paraná (ACP) e pelo Sindicato de Empresas da Construção Civil do Paraná (Sinduscon).

“O preconceito em Curitiba é silencioso e cruel”, disse Pop, que reafirmou sua afrodescendência e a origem em família humilde. “Se existe um feriado justo, é o da Consciência Negra. (…) O negro não veio para o Brasil por opção, veio arrastado, no porão imundo de um navio negreiro.” O líder do PSC pediu manifestações da Câmara de Curitiba em defesa da lei e de repúdio à Adin, classificada como “racista e preconceituosa”.

Salamuni também falou sobre a ação. De acordo com ele, o Legislativo é “soberano” na aprovação do feriado municipal. “Aqui, o 20 de novembro será feriado”, completou, apesar de destacar que a decisão cabe à Justiça. O presidente ainda citou pesquisas recentes que apontam o apoio da maioria dos curitibanos à iniciativa, aprovada em plenário em 27 de novembro de 2012, após dois turnos de votação. “Acredito que não há nada de inconstitucional. Nós não seremos conduzidos”, reforçou.

A data remete à morte de Zumbi dos Palmares, em 20 de novembro de 1695. Também se manifestaram, em apoio a Pop, os vereadores Jorge Bernardi, líder do PDT; Aldemir Manfron, líder do PP; Pier Petruzziello, líder do PTB; Valdemir Soares, líder do PRB; Tiago Gevert (PSC); Rogério Campos (PSC) e Jonny Stica (PT).