Para deputado Hauly, Congresso vota Reforma Tributária no 2º semestre

por Assessoria Comunicação publicado 03/04/2017 15h00, última modificação 15/10/2021 10h28

“Eu acredito que passando as reformas trabalhista e previdenciária, entramos no segundo semestre com tudo [da Reforma Tributária] sobre a mesa”, estimou o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR), nesta segunda-feira (3), aos vereadores de Curitiba. Presidente da comissão que analisa o tema na Câmara Federal, ele utilizou a tribuna para apresentar a proposta aos parlamentares da cidade.

>> Confira a apresentação do deputado Hauly sobre a Reforma Tributária

Hauly disse que, enquanto não chega a hora da discussão no Congresso, a reforma tributária está “se desdobrando”. “Faço palestras em todos os lugares do Brasil, seis, sete vezes por semana. Estilo caixeiro-viajante, fazendo propaganda, buscando o convencimento. Já tinha feito isso na aprovação do Supersimples, quando, por exemplo, só com a Receita Federal foram mais de 50 reuniões”, contou.

Serginho do Posto (PSDB), presidente da Câmara Municipal, questionou Hauly sobre as chances da reforma tributária ser aprovada em Brasília, se havia apoio da presidência e da equipe econômica. O deputado federal argumentou que o assunto é objeto de reuniões quinzenais com membros dos órgãos técnicos na Casa Civil. “Mantemos uma conversa bastante estreita”, disse.

Sobre o clima político, Hauly vê na Reforma Tributária uma agenda positiva capaz de fazer frente às pautas negativas das mudanças trabalhista e previdenciária. “O Congresso tem [no momento] uma agenda que tira voto, mas a [reforma] tributária nos dá esperança. É uma agenda positiva. Uma oportunidade ímpar para todos os partidos”, disse.

Além da dúvida levantada por Serginho do Posto, o deputado federal respondeu a questionamentos de Jairo Marcelino (PSD), Professora Josete (PT), Ezequias Barros (PRP), Helio Wirbiski (PPS), Felipe Braga Côrtes (PSD), Professor Euler (PSD) e Sabino Picolo (DEM). Hauly recebeu elogios de vários, pelo esforço de impulsionar a reforma tributária. “Tenho 66 anos de idade, 45 anos de vida pública, não tenho mais vaidade. Se não resolver a mãe das reformas, que é a Reforma Tributária, sempre ficaremos brigando por migalhas”, concluiu.

Reforma Tributária
Durante a apresentação em plenário, Luiz Carlos Hauly mostrou o raciocínio que embasa a proposta da Reforma Tributária, que inclui a criação de um super Fisco, “nos moldes do alemão”, e uma simplificação dos impostos vinculados ao consumo (confira aqui). A ideia seria substituir ISS, ICMS, IPI, PIS, Cofins, Cide, IOF e salário-educação por dois tributos, o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) e o ISE (Imposto Seletivo, para energia elétrica, telecomunicações, cigarros, bebidas, veículos, pneus e autopeças).

Para ele, o Brasil só deixaria de crescer pouco, ao atacar os problemas gerados pelos incentivos fiscais, pela sonegação, pela postergação de pagamentos e pela corrupção. “Nós temos um sistema [tributário] injusto, em que quem ganha até dois salários-mínimos paga 53,9% de carga tributária direta”, disse Hauly, citando levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).