Para conter assaltos, vereadores propõem reunião entre polícia e MP

por Assessoria Comunicação publicado 14/11/2017 11h55, última modificação 22/10/2021 09h16

“Não é possível que os comerciantes do Cristo Rei tenham que trabalhar com as portas fechadas e com medo. Eles não suportam mais”, alertaram Helio Wirbiski (PPS) e Julieta Reis (DEM) no início da sessão plenária desta terça-feira (14). Os vereadores disseram que cabe à Câmara de Curitiba mediar uma reunião, entre as forças policiais e o Ministério Público do Paraná, para discutir a insegurança na região. Marco Aurélio Kuligoski, dono de mercado na área, trouxe a demanda ao Legislativo.

Para Julieta Reis é preciso “achar um meio termo”, uma vez que a questão da insegurança ali estaria associada ao fluxo de pessoas em situação de rua no entorno da Rodoferroviária, Mercado Municipal e Viaduto do Capanema. “Estamos preocupados com a região do Cristo Rei, do Alto da XV, para que ela seja protegida, pelas polícias, e atendida adequadamente pela Fundação de Assistência Social”, disse, acrescentando que “não adianta [o Ministério Público] dizer que não pode [determinada ação do poder público], pois temos que achar uma solução”.

Wirbiski e Julieta demonstraram preocupação com a população em situação de rua, cobrando mais atenção do poder público, pois “são pessoas carentes, sem o apoio da família”. “Nossa cidade passa por uma crise muito grande”, diagnosticou o vereador do PPS, “já que Curitiba tem de 4 mil a 5 mil moradores de rua”. Ele citou que as políticas públicas setoriais, apesar do trabalho “com afinco” da prefeitura, têm sido pouco efetivas no enfrentamento desta questão social. “Direitos nós temos muitos. Obrigações, poucas”, comentou, recriminando “as pessoas mal intencionadas que roubam ali [na região]”.

“A insegurança ocorre em Curitiba toda”, complementou o vereador Professor Silberto (PMDB), resgatando queixas que tem recebido da população do Bairro Novo C, na região do Sítio Cercado. “Após a implantação [ali] de um Centro POP os moradores perderam a tranquilidade. Eles relatam que os moradores de rua que vão até o albergue ficam [pela área], próximos das moradias, embaixo das árvores e das marquises. Relatam tráfico, roubo e que o valor dos imóveis diminuiu [após a instalação do Centro POP]”, disse, pedindo que a Prefeitura de Curitiba “veja o que podemos fazer a respeito desse albergue”.