Para apoiar o combate ao tráfico de pessoas, Câmara ilumina-se de azul

por Claudia Krüger — publicado 27/07/2023 15h25, última modificação 27/07/2023 16h10
A cor representa a tristeza das vítimas e a falta de sensibilidade de quem compra e vende pessoas.
Para apoiar o combate ao tráfico de pessoas, Câmara ilumina-se de azul

Câmara recebeu iluminação azul, em alusão ao mês de combate ao tráfico de pessoas. (Foto: Carlos Costa/CMC)

Em alusão ao Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, celebrado em 30 de julho, o Palácio Rio Branco, sede da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), recebe no dia 27 de julho a iluminação azul. A iniciativa foi um pedido da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito, que encaminhou um ofício com o pedido da iluminação para a presidência da CMC. A campanha mundial foi implementada pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) em diversos países e tem como símbolo o Coração Azul, que representa a tristeza das vítimas deste tipo de crime e a insensibilidade daqueles que compram e vendem seres humanos. 

Em Curitiba, o Julho Azul foi instituído pela lei municipal 15.184/2018, de autoria do ex-vereador Thiago Ferro. O objetivo da norma é ampliar o conhecimento e a mobilização da sociedade para o enfrentamento ao tráfico de pessoas. A nível estadual, tem-se a lei 19.424/2018, que também estabelece a campanha Coração Azul.

Segundo o Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas de 2022, elaborado pela ONU, proporções crescentes de vítimas identificadas foram traficadas com a finalidade de criminalidade forçadas e formas mistas de exploração. A maioria das vítimas são identificadas como “auto-resgatadas”, ou seja, acabam se apresentando por conta própria. Mulheres e crianças correm maior risco de sofrer violência física durante o rastreamento em comparação aos homens.

Iluminação temática
Construído entre 1891 e 1895, o Palácio Rio Branco abriga a CMC desde 1963. O prédio, inicialmente chamado de Palácio do Congresso, antes sediava a Assembleia Legislativa. Pelo valor histórico e cultural, foi tombado pelo patrimônio estadual em 1978 (saiba mais). É uma obra do engenheiro Ernesto Guaita.

Desde 2019, a iluminação externa doPalácio Rio Branco pode ser alterada para simbolizar o apoio a datas comemorativas, campanhas de conscientização e outros temas de interesse público. Os destaques do primeiro semestre deste ano foram as iniciativas na área da saúde pública.

O pedido para alterar a cor da fachada do prédio histórico precisa ser feito por um vereador, diretamente à Diretoria de Comunicação Social, setor a quem compete organizar o calendário anual da iluminação cênica. A solicitação deve ser feita por meio do sistema de chamados.

No caso das entidades da sociedade civil, elas podem apresentar a causa aos gabinetes parlamentares, que podem abraçá-la e encaminhar a proposta à Diretoria de Comunicação. Se incluída no calendário anual, cada iluminação é agendada por no máximo uma semana.