Palestras na Câmara marcam Semana Antidrogas
A Câmara de Curitiba sediou, nesta quinta-feira (30), um evento da 16ª Semana Estadual de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, promovida pelo governo estadual. A atividade foi conduzida pelo coordenador estadual Antidrogas, Jorge Piloto, da Secretaria da Justiça e Cidadania, e pelo o presidente em exercício do Conselho Estadual Antidrogas, Sílvio Alves. Participaram os vereadores João do Suco, líder do prefeito na Casa, e Serginho do Posto, ambos do PSDB.
Para abordar formas de reduzir a oferta de drogas no Paraná, um dos eixos de atuação do poder público, foram convidados o delegado Ricardo de Miranda, da Divisão de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil, e o tenente Edivan Sharles Fragoso, do serviço Narcodenúncia 181 da Polícia Militar. Compareceram ao evento servidores estaduais, policiais civis e militares, trabalhadores da educação e de unidades terapêuticas.
O delegado Ricardo de Miranda explicou que a Denarc atua hoje em todo o Paraná, distribuída em oito núcleos operacionais. A divisão conta com 84 profissionais, sendo dez delegados, dez escrivães e 64 investigadores. Em 2010, somente em ações protagonizadas pelo serviço de campo e inteligência desta equipe, foram apreendidas perto de 11 toneladas de maconha, 458 quilos de crack, 2.525 comprimidos de ecstasy e dez mil frascos de lança-perfume. Neste processo, foram presas 415 pessoas, incluindo líderes do tráfico de drogas no Paraná.
“Os policiais fazem até mais do que o esperado, pois quem escolhe esta carreira não o faz por ambição profissional, faz por que é vocacionado. Neste ano, durante a operação Liberdade, nós identificamos os principais traficantes que loteavam o centro de Curitiba”, informa o membro da Denarc. Miranda adianta que a Polícia Civil está desenvolvendo sistema informatizado para unificar os dados obtidos em campo em um único banco de dados, que será capaz de cruzar as apreensões, os bens do traficantes e mapear rotas de tráfico.
Para o delegado, a questão não se resume só ao território do Paraná. Ele cita, como exemplo, a participação da Denarc no gabinete integrado de controle da fronteira, recentemente instalado em Foz do Iguaçu, e ações conjuntas com a Polícia Federal. “Eu recebi o processo de um traficante preso em São Paulo, mas que lavava dinheiro no Paraná. Localizamos veículos e propriedades no valor de R$ 2 milhões. O Estado precisa sequestrar esse patrimônio para evitar que ele possa usufruir dele após cumprir a pena”, diz Miranda. Os participantes debateram formas de tornar a capitulação desses bens pela polícia um procedimento mais comum e ágil.
Sobre o Narcodenúncia 181, o tenente Fragoso explicou que também está distribuído por todo o território do Paraná, sendo utilizado não só pela Polícia Militar, que opera o serviço, mas por todas as outras estruturas de segurança pública. “As denúncias feitas ao 181 são completamente anônimas. Nós não possuímos identificador de chamadas nem perguntamos o nome de quem faz a denúncia. A informação dada é verificada em campo por policiais e somada às demais investigações em andamento”, explicou.
“A denúncia não implica em ação imediata de repressão. A informação vai ser processada e repassada para verificação. Muitas vezes ela preenche uma lacuna numa investigação já em andamento, melhorando a eficiência do nosso serviço. Segurança pública hoje em dia é mais inteligência que repressão. Os policiais em campo irão agir exatamente no local do crime, para garantir o respeito aos cidadãos”, explica o policial militar.
Atuação conjunta
O coordenador estadual Antidrogas destacou a importância do engajamento de todas as autoridades no combate ao tráfico, um dos objetivos do evento. “Já fizemos atividades no Palácio das Araucárias e na Assembleia Legislativa. Hoje (ontem) estamos pela manhã na Câmara, tratando da redução de oferta, e à noite, no Tribunal de Justiça. Amanhã (hoje), vamos levar o debate antidrogas até a prefeitura de Curitiba”, explica Piloto. Ele comenta que não há, dentro da coordenadoria, a pretensão de resolver isoladamente o problema. “Nós precisamos da ajuda de todos, pois não podemos fazer isto sozinhos. Queremos levar informação de qualidade para todos os vereadores, políticos, gestores públicos, a fim de que ingressem com a gente nesta frente de trabalho”, afirmou o coordenador.
Sílvio Alves explica que há sobreposição de ações dentro do governo estadual, que deve ser superada na elaboração de um Plano Estadual Antidrogas. “Nós pudemos perceber que a Saúde faz ações nesta área, a Segurança Pública, a Educação, as polícias Civil e Militar. Agora vamos aglutinar essas informações e elaborar um plano unificado de ação, para otimizar as soluções”, explica o presidente em exercício do conselho.
O vereador João do Suco frisou que a Câmara de Curitiba estará de portas abertas para ações de combate às drogas. Disse que o assunto não é uma questão só da segurança pública ou das escolas, mas, principalmente, das famílias paranaenses. “Não é da família do vizinho, é da nossa. Está dentro da casa de cada um de nós. É obrigação da família mostrar para os jovens que o uso das drogas é um caminho errado”, defendeu o parlamentar.
Para abordar formas de reduzir a oferta de drogas no Paraná, um dos eixos de atuação do poder público, foram convidados o delegado Ricardo de Miranda, da Divisão de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil, e o tenente Edivan Sharles Fragoso, do serviço Narcodenúncia 181 da Polícia Militar. Compareceram ao evento servidores estaduais, policiais civis e militares, trabalhadores da educação e de unidades terapêuticas.
O delegado Ricardo de Miranda explicou que a Denarc atua hoje em todo o Paraná, distribuída em oito núcleos operacionais. A divisão conta com 84 profissionais, sendo dez delegados, dez escrivães e 64 investigadores. Em 2010, somente em ações protagonizadas pelo serviço de campo e inteligência desta equipe, foram apreendidas perto de 11 toneladas de maconha, 458 quilos de crack, 2.525 comprimidos de ecstasy e dez mil frascos de lança-perfume. Neste processo, foram presas 415 pessoas, incluindo líderes do tráfico de drogas no Paraná.
“Os policiais fazem até mais do que o esperado, pois quem escolhe esta carreira não o faz por ambição profissional, faz por que é vocacionado. Neste ano, durante a operação Liberdade, nós identificamos os principais traficantes que loteavam o centro de Curitiba”, informa o membro da Denarc. Miranda adianta que a Polícia Civil está desenvolvendo sistema informatizado para unificar os dados obtidos em campo em um único banco de dados, que será capaz de cruzar as apreensões, os bens do traficantes e mapear rotas de tráfico.
Para o delegado, a questão não se resume só ao território do Paraná. Ele cita, como exemplo, a participação da Denarc no gabinete integrado de controle da fronteira, recentemente instalado em Foz do Iguaçu, e ações conjuntas com a Polícia Federal. “Eu recebi o processo de um traficante preso em São Paulo, mas que lavava dinheiro no Paraná. Localizamos veículos e propriedades no valor de R$ 2 milhões. O Estado precisa sequestrar esse patrimônio para evitar que ele possa usufruir dele após cumprir a pena”, diz Miranda. Os participantes debateram formas de tornar a capitulação desses bens pela polícia um procedimento mais comum e ágil.
Sobre o Narcodenúncia 181, o tenente Fragoso explicou que também está distribuído por todo o território do Paraná, sendo utilizado não só pela Polícia Militar, que opera o serviço, mas por todas as outras estruturas de segurança pública. “As denúncias feitas ao 181 são completamente anônimas. Nós não possuímos identificador de chamadas nem perguntamos o nome de quem faz a denúncia. A informação dada é verificada em campo por policiais e somada às demais investigações em andamento”, explicou.
“A denúncia não implica em ação imediata de repressão. A informação vai ser processada e repassada para verificação. Muitas vezes ela preenche uma lacuna numa investigação já em andamento, melhorando a eficiência do nosso serviço. Segurança pública hoje em dia é mais inteligência que repressão. Os policiais em campo irão agir exatamente no local do crime, para garantir o respeito aos cidadãos”, explica o policial militar.
Atuação conjunta
O coordenador estadual Antidrogas destacou a importância do engajamento de todas as autoridades no combate ao tráfico, um dos objetivos do evento. “Já fizemos atividades no Palácio das Araucárias e na Assembleia Legislativa. Hoje (ontem) estamos pela manhã na Câmara, tratando da redução de oferta, e à noite, no Tribunal de Justiça. Amanhã (hoje), vamos levar o debate antidrogas até a prefeitura de Curitiba”, explica Piloto. Ele comenta que não há, dentro da coordenadoria, a pretensão de resolver isoladamente o problema. “Nós precisamos da ajuda de todos, pois não podemos fazer isto sozinhos. Queremos levar informação de qualidade para todos os vereadores, políticos, gestores públicos, a fim de que ingressem com a gente nesta frente de trabalho”, afirmou o coordenador.
Sílvio Alves explica que há sobreposição de ações dentro do governo estadual, que deve ser superada na elaboração de um Plano Estadual Antidrogas. “Nós pudemos perceber que a Saúde faz ações nesta área, a Segurança Pública, a Educação, as polícias Civil e Militar. Agora vamos aglutinar essas informações e elaborar um plano unificado de ação, para otimizar as soluções”, explica o presidente em exercício do conselho.
O vereador João do Suco frisou que a Câmara de Curitiba estará de portas abertas para ações de combate às drogas. Disse que o assunto não é uma questão só da segurança pública ou das escolas, mas, principalmente, das famílias paranaenses. “Não é da família do vizinho, é da nossa. Está dentro da casa de cada um de nós. É obrigação da família mostrar para os jovens que o uso das drogas é um caminho errado”, defendeu o parlamentar.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba