Quem passou pelo Palácio Rio Branco, sede da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), durante as noites do mês de outubro, pôde ver sua fachada iluminada em apoio a três importantes causas: o Outubro Rosa, o Dia Internacional de Conscientização sobre a Espinha Bífida e Mielomeningocele e a solidariedade ao Estado de Israel, após os ataques do grupo Hamas ao país.

Outubro Rosa incentiva diagnóstico precoce do câncer de mama

A iluminação cênica desse monumento histórico não apenas encanta os olhos, mas também ecoa uma mensagem de apoio, conscientização e união. Ao longo do mês de outubro, a cidade de Curitiba é banhada em tons de rosa, lembrando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama no movimento Outubro Rosa. É um lembrete para que todos se envolvam na luta contra essa doença que afeta inúmeras vidas.

O câncer de mama é uma das formas mais comuns de câncer entre as mulheres em todo o mundo. A cada ano, milhares de vidas são afetadas por essa doença. No entanto, a detecção precoce por meio de exames, como a mamografia, pode aumentar significativamente as chances de tratamento bem-sucedido. O Outubro Rosa serve como um lembrete de que o autocuidado e a atenção à saúde são cruciais.

A origem do Outubro Rosa remonta à década de 1990, quando a cor rosa foi adotada como símbolo da luta contra o câncer de mama. Desde então, a campanha cresceu em escala e impacto, envolvendo empresas, organizações de saúde, celebridades e indivíduos comuns. Além da iluminação cênica entre os dias 1° e 18 de outubro, a CMC também realizou outras ações em alusão ao Outubro Rosa, em parceria com o Hospital Erasto Gaertner (saiba mais).

Dia Internacional de Conscientização sobre a Espinha Bífida e Mielomeningocele

No período de 23 a 27 de outubro, por iniciativa do vereador Pier Petruzziello (PP), as luzes do Palácio Rio Branco ganharam as cores vermelho e amarelo, pelo Dia de Conscientização sobre a Espinha Bífida e Mielomeningocele. A data, celebrada internacionalmente, é o dia 25 de outubro. Em Curitiba, ela foi instituída pela lei municipal 15.284/2018 com o objetivo de difundir informações sobre a má-formação congênita da coluna vertebral, em que as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas.

A espinha bífida é uma condição congênita que ocorre quando o tubo neural do feto não fecha completamente durante o desenvolvimento, resultando em defeitos na coluna vertebral. A mielomeningocele é uma forma grave de espinha bífida em que a medula espinhal fica exposta através de uma abertura nas vértebras. Essas condições podem causar uma variedade de desafios físicos e de saúde para os afetados.

A importância deste dia vai além da conscientização. Busca-se também fornecer apoio às pessoas afetadas por essas condições e às suas famílias, bem como promover a educação sobre medidas preventivas durante a gravidez. O diagnóstico precoce e a intervenção adequada desempenham um papel crucial na melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas. A Associação Brasileira De Espinha Bífida (Abrasse), está localizada em Curitiba.

Câmara foi iluminada em apoio ao Estado de Israel

Na semana em que a Câmara de Curitiba aprovou uma moção de apoio ao Estado de Israel, a sede do Legislativo ganhou iluminação cênica nas cores branca e azul, de 19 a 22 de outubro. O gesto serviu como solidariedade ao país, após os ataques terroristas perpetrados pelo grupo Hamas. O ato simboliza a condenação do terrorismo e a expressão do desejo por paz e estabilidade na região. A iluminação foi solicitada pelo vereador Pier Petruzziello (PP).

“A sociedade brasileira precisa entender que essa não é uma briga de esquerda ou direita, mas de uma nação contra um grupo terrorista. O que o Hamas faz e fez é um ato terrorista e covarde. Temos nossas divergências, mas queremos que os filhos dos outros possam crescer e ser feliz. Curitiba é uma cidade acolhedora, porque para cá vieram imigrantes, árabes e judeus, que convivem em irmandade”, disse Petruzziello, no dia 17, quando foi aprovada a moção.

Iluminação temática

Construído entre 1891 e 1895 – obra confiada ao engenheiro Ernesto Guaita –, o Palácio Rio Branco abriga a CMC desde 1963. O prédio, inicialmente chamado de Palácio do Congresso, antes sediava a Assembleia Legislativa. Pelo valor histórico e cultural, foi tombado pelo patrimônio estadual em 1978 (saiba mais).

Desde 2019, a iluminação externa do Palácio Rio Branco pode ser alterada para simbolizar o apoio a datas comemorativas, campanhas de conscientização e outros temas de interesse público. Os destaques do primeiro semestre deste ano foram as iniciativas na área da saúde pública.

O pedido para alterar a cor da fachada do prédio histórico precisa ser feito por um vereador, diretamente à Diretoria de Comunicação Social, setor a quem compete organizar o calendário anual da iluminação cênica. A solicitação deve ser feita por meio do sistema de chamados.

No caso das entidades da sociedade civil, elas podem apresentar a causa aos gabinetes parlamentares, que podem abraçá-la e encaminhar a proposta à Diretoria de Comunicação. Se incluída no calendário anual, cada iluminação é agendada por no máximo uma semana. 

*Notícia elaborada pelo estudante de Jornalismo Mauricio Geronasso, especial para a CMC.
Supervisão do estágio: José Lazaro.
Revisão: Ricardo Marques