Palácio Rio Branco é iluminado em solidariedade à Ucrânia

por Sophia Gama*, especial para a CMC — publicado 11/03/2022 16h25, última modificação 11/03/2022 16h33
As cores azul e amarela, da bandeira ucraniana, homenageiam as vítimas dos ataques russos ao país.
Palácio Rio Branco é iluminado em solidariedade à Ucrânia

Nas noites de quinta e sexta-feira, aqueles que passarem pela CMC poderão ver a iluminação do Palácio. (Carlos Costa/CMC)

Na noite desta quinta-feira (10) o Palácio Rio Branco, sede da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), foi iluminado com as cores da bandeira da Ucrânia, em solidariedade às vítimas da guerra com a Rússia. No dia 24 de fevereiro, após diversas ameaças, o governo russo iniciou os ataques à Ucrânia, que seguem até o momento (11/3), fazendo com que mais de 2,5 milhões de pessoas tenham deixado o país, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

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Na CMC, os parlamentares já se manifestaram a respeito do assunto, em moções de repúdios e sugestões ao Executivo. O vereador Professor Euler (PSD) afirmou em sua moção: “Como alguém pode pensar que guerra é solução para algum problema? Ao contrário, a guerra é a materialização do fracasso. É o sinal de que a diplomacia e a racionalidade perderam” (413.00003.2022).

Além da moção de repúdio, Euler também protocolou uma indicação ao Executivo, sugerindo a criação de um plano de ação para acolher refugiados da Ucrânia em Curitiba. “Dos mais de um milhão de ucranianos e descendentes de ucranianos que residem no Brasil, 80% vivem no Paraná, principalmente nas regiões de Curitiba, União da Vitória e Prudentópolis”, explicou o vereador (205.00052.2022).

Outro vereador que também se pronunciou sobre o assunto foi o líder do governo na Câmara, Pier Petruzziello (PTB). “A guerra injusta e injustificada é expressão de loucura, repudiada até pelo povo da Rússia. As investidas russas contra a Ucrânia ocasionaram mortes de civis e separação de famílias, trazendo tristeza e sofrimento para o povo ucraniano”, afirmou o vereador em sua moção de repúdio (413.00004.2022).

Caso deputado
Além das moções de repúdio à guerra, outra foi protocolada por Professora Josete (PT) contra o deputado estadual Arthur do Val (Mamãe Falei, do MBL). No país do leste europeu sob o pretexto de ajudar os refugiados, o deputado paulista gravou áudios, mais tarde divulgados pela imprensa, objetificando as mulheres ucranianas. Entre outras coisas, disse “que [elas] são fáceis, porque são pobres” e “que são capazes de tudo” (saiba mais).

Em sua moção contra as falas sexistas de Arthur do Val - que também é pré-candidato ao Governo pelo Podemos - Josete afirma: “Essas declarações são inaceitáveis em qualquer contexto, ainda mais tratando-se da situação de guerra que vive a Ucrânia e de mulheres refugiadas. Além do machismo e sexismo impregnado nas palavras é uma falta de humanidade completa visto o cenário em que foram proferidas” (413.00005.2022).

A vereadora ainda disse que “não há moção de repúdio e protesto que expresse a indignação diante deste desrespeito com as mulheres”.

O Palácio Rio Branco permanece iluminado em azul e amarelo na noite desta sexta-feira (11) também.

*Notícia elaborada pela estudante de Jornalismo Sophia Gama*, especial para a CMC

Supervisão do estágio: Fernanda Foggiato

Revisão: Vanusa Paiva